*Por Emerson Lima
O mercado tecnológico evolui de forma rápida e constante nos últimos tempos, com especial destaque desde que a pandemia da Covid-19 começou. A pesquisa “Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2021”, conduzida pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), mostrou que em 2020 o mercado de tecnologia brasileiro investiu mais R$266 bi (US$49,5 bi) e, no que tange os mercados de software, serviços, hardware e exportações do segmento, o Brasil registrou um crescimento de 22,9%.
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Conforme os dados do estudo da ABESA, o Brasil também subiu uma posição no ranking mundial de Tecnologia da Informação, chegando a 9ª em 2020 e manteve a liderança no mercado latino-americano com 44% de atuação sobre o continente.
No entanto, não apenas de crescimento vive o setor de tecnologia. A cibersegurança é um tema constantemente debatido pelas equipes de TI. De acordo o relatório Segurança na Nuvem 2021, divulgado pela Fortinet e pela comunidade online Cybersecurity Insiders, 99% das empresas apresentam preocupação com ataques cibernéticos, sendo 32% extremamente preocupadas, 41% muito preocupadas, 23% moderadamente preocupadas e 3% um pouco preocupadas.
A pesquisa da Fortinet mostra uma necessidade crescente no mercado por mudanças e soluções referentes à segurança online. Com o crescente número de ataques, como o sofrido pela CVC Corp em outubro, o mercado voltou suas atenções para avaliação das áreas da tecnologia da informação.
Essas situações delicadas evidenciam a necessidade de se ter e aprimorar uma estratégia de cibersegurança integrada. Para isso, é necessário o monitoramento de ataques, gerenciamento de riscos e outros expedientes.
Top 5 em ataques virtuais
Cada vez mais sofisticados, os ataques cibernéticos causam grandes crescentes às empresas. Sendo um dos principais alvos dos cibercriminosos, o Brasil já é o quinto país no mundo em que ocorrem crimes virtuais, conforme mostra uma pesquisa da consultoria alemã Roland Berger.
Segundo o levantamento, somente de janeiro a junho de 2021, o Brasil já registrou mais ataques cibernéticos do que o registrado em todo o ano de 2020. No total, no primeiro semestres deste ano foram mais de 9,1 milhões de ocorrências “ransomware”, ataques que limitam o acesso ao sistema e cobram resgate em criptomoedas para que o acesso possa ser restabelecido. Este número coloca o Brasil atrás somente dos EUA, Reino Unido, Alemanha e África do Sul.
O estudo da Roland Berger também mostra que em 2021 as perdas registradas em todo o mundo podem ser de até US$6 trilhões – três vezes o PIB brasileiro. O que tira o sono de qualquer profissional do mercado de TI, visto que esse tipo de ocorrência tende a continuar evoluindo com o tempo, reforçando que as empresas devem continuar elevando seus investimentos em cibersegurança visando se proteger de ataques com pedidos de resgate.
O que é cibersegurança?
A cibersegurança é a prática de proteger computadores, servidores, dispositivos móveis, sistemas eletrônicos, redes e dados de ataques virtuais como Malware, Injeção de SQL, Phishing, Ataques “man-in-the-middle” e de negação de serviço (Denial-of-service).
Com a crescente da ameaça de ataques de cibercriminosos, a International Data Corporation prevê que gastos com soluções de cibersegurança devem chegar a US$133,7 bilhões até o final do ano que vem.
Em contrapartida, governos de todo o planeta têm respondido a essa crescente ameaça com orientações que ajudam as companhias a implementarem práticas eficazes de cibersegurança. Nos EUA, o National Institute of Standards and Technology (NIST) disponibiliza uma estrutura de cibersegurança voltada para o combate à proliferação de códigos maliciosos .
Como evitar?
Embora garantias 100% eficazes de se proteger de ciberataques ainda pareçam distantes da realidade do mercado tecnológico, algumas práticas simples podem auxiliar na proteção de ameaças virtuais.
Manter sempre o software e sistema operacional atualizados permite que o usuário, seja uma empresa ou uma pessoa, usufrua dos benefícios dos últimos patches de segurança. Já a utilização de um software antivírus permite a detecção e remoção dos vírus.
Além disso, optar por senhas fortes, mesclando números, letras e figuras, assegura uma maior dificuldade de decifrar o código por terceiros. Vale também ressaltar dicas e orientação como nunca abrir anexos ou clicar em links de e-mails em que o remetente seja desconhecido. Assim, o usuário reduz a possibilidade de baixar um arquivo infectado.
Seguindo orientações simples de segurança online, todo usuário reduz as chances de fazer parte das estatísticas e ser um novo número nos relatórios e pesquisas sobre cibercrimes no Brasil e no mundo. *Emerson Lima, CEO da Sauter Digital, startup de transformação digital especializada em serviços de Dados, DevOps e Nuvem.
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