Análise Setorial

Qual o melhor software para gerar o seu relatório?

Fábio Vinicius Primak, autor do livro Decisões com B.I. (Business Intelligence)

Fábio Vinicius Primak, autor do livro Decisões com B.I. (Business Intelligence)

Para o especialista Fábio Vinícius Primak, na hora de optar por um sistema, deve-se levar em conta algumas características pessoais, a empresa, e o contato com o usuário do relatório.

 

 

O desenvolvimento de relatórios, rotinas e ferramentas de BI foram os temas discutidos por Fábio Vinícius Primak, consultor de implantação de BI e ERP, desenvolvedor web e desktop e professor titular do curso de Graduação em Sistemas de Informação da Faculdade do Centro do Paraná (UCP), em chat realizado pela CIM – Comunidade de Inteligência de Mercado – do Ibramerc (Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado).

Para o especialista, que lançou este ano o livro ‘Decisões com BI (Business Intelligence)’ pela editora Ciência Moderna, é fato inquestionável que o BI caminha ao lado de conceitos de rapidez e simplicidade para a extração da informação. “Mas, os softwares geradores de relatórios, ao meu entendimento, são ferramentas imprescindíveis ao bom funcionamento dos conceitos de BI”, afirma Primak.

O consultor explica que o sistema gerador de relatório, por meio de programas conectores configurados (ODBC, por exemplo), conecta-se ao banco de dados da empresa propiciando assim a oportunidade para que a organização desenvolva seu próprio relatório, gráfico, etc.

Atualmente existem boas ferramentas disponíveis aos usuários. Algumas delas são, inclusive, free ou opensource. De acordo com o especialista, a escolha dependerá muito de algumas características pessoais (profissionais que irão trabalhar com a ferramenta), da empresa (valores de aquisição e necessidades específicas) e do contato com o usuário ‘dono’ do relatório específico. “Se fosse para eu dar um conselho sobre qual software utilizar, tentaria encontrar e testar o máximo de ferramentas para tomar uma última decisão, elencando as prioridades gerais desta escolha. Se eu conseguir fazer o maior número de testes, terei a certeza de que fiz o meu melhor para escolher a melhor solução para a empresa”, orienta Primak.

Embora existam muitas ferramentas free, o professor lembra que nem sempre elas possuem as mesmas qualidades que as pagas. “Na minha opinião, muitas vezes é mais barato partir para a aquisição de uma ferramenta”, endossa. Pela própria experiência, Primak indica os softwares Crystal Reports e Sadig.

Mesmo que os softwares sejam até certo ponto fáceis de se trabalhar, é aconselhável, na hora de utilizá-lo, que se tenha um conhecimento prévio de banco de dados, relacionamentos, campos, etc. Já na hora de definir quais informações utilizar nos relatórios, o especialista conta que o desenvolvimento deve ser realizado junto com o usuário principal, que é, afinal, quem irá trabalhar com o relatório no dia-a-dia. Quanto à questão da informação possibilitada X informação necessária, para que as informações colhidas sejam realmente relevantes ao negócio, “deve-se perder o maior tempo na questão do Planejamento”, endossa.

Na geração de inteligência, vale lembrar também a importância do data warehousing, que torna as consultas mais rápidas, além de centralizar e padronizar a informação. “A rapidez na busca pela informação torna-se maior também quando trabalhamos com o gerador de relatório linkado ao DW, ainda mais quando o banco de dados é extenso”, afirma Primak.

Tendências e futuro

Para o especialista, as principais novidades e tendências do BI caminham lado a lado com a web 2.0. “Hoje os gestores podem escolher em que formato gostariam de receber a informação. Telefonia móvel, banda larga wireless, email e softwares que ficam a cada dia mais fáceis de se trabalhar estão, diariamente, facilitando a difícil tarefa da tomada de decisão”, diz Primak, ressaltando que a web 2.0 está desmistificando todo aquele conceito de que existem dificuldades extremas quanto a implantação do BI pelas empresas.

Ainda assim, mesmo com todas as facilidades, muitos colaboradores ainda não assimilaram esse ‘novo mundo’, preferindo buscar as informações do jeito que aprenderam, ao invés de se adequarem às novas tecnologias. “É complicado arrancar as pessoas da ‘zona de conforto’. Uma das formas de diminuirmos esse problema é por meio de reuniões, demonstrações, conversas. O que eu fiz, e surgiu efeito, foi trabalhar um período com um funcionário para mostrar a ele que da forma como eu fazia era menos desgastante, sobrando mais tempo para se dedicar a outros assuntos do setor”, conta Primak.

É preciso também mostrar ao tomador de decisão, ou seja, ao gestor principal, as muitas vantagens que se obtém com informações precisas e com o uso das ferramentas. “Quando um gestor fica sabendo que pode ver todo o resultado de faturamento, fluxo de caixa, vendas, estoque, em uma mesma tela e até mesmo pela internet, fica muito contente com o trabalho realizado. Por isso quem deve tomar as rédeas da situação é o ‘dono da caneta mágica’ (gestor principal)”, finaliza o especialista.

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