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Receita líquida da TIM cai 12% e fecha 2015 em R$ 17,13 bilhões

Apesar do encolhimento, serviços de dados mostraram crescimento de 17% e CEO da operadora afirma que essa será a principal fonte de renda da empresa.

Rodrigo Abreu, CEO da TIM (divulgação: TIM).

Rodrigo Abreu, CEO da TIM (divulgação: TIM).

Nesta quinta-feira, a TIM divulgou seus resultados financeiros referentes ao ano de 2015. O destaque é a queda da receita líquida total no comparativo a 2014, que caiu 12,1%, atingindo 17,13 bilhões no ano passado. Já o lucro líquido orgânico (excluindo a venda das torres) da operadora teve decréscimo de 20,3% no período, caindo para R$ 1,23 bilhão. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) orgânico também mostrou queda de 2,6% e registrou R$ 5,39 bilhões.

Porém, contabilizando as vendas das torres, o lucro líquido da empresa sobe quase 34%, alcançando R$ 2,07 bilhões em 2015. Já o EBITDA aumenta 19,3% e atinge R$ 6,6 bilhões. Além disso, a TIM também registrou crescimento nas receitas de serviços móveis inovativos em 35%, representando R$ 4,68 bilhões, e de serviços fixos em 11,3%, subindo R$ 1 bilhão.

Segundo a empresa, as quedas da receita e do lucro líquidos são resultado da crise econômica que o país enfrenta, o impacto da redução do VU-M (preço do minuto da chamada) e a migração dos serviços de voz para dados.

O CEO da TIM, Rodrigo Abreu, destacou a importância dos investimentos em CAPEX, que cresceram 19% e representaram R$ 4,7 bilhões, e a estratégia de longo prazo da companhia, que agora aposta na receita por serviços de dados. Segundo os dados divulgados, 38% da receita líquida da TIM em 2015 foi por dados, crescimento de 8% em comparação com 2014. Já os serviços de voz ainda representaram a maior fatia este ano, com 62%.

O maior investimento da operadora foi no 4G, que aumentou sua infraestrutura em 133%. “Hoje somos líderes em cobertura 4G no Brasil, com 59% da população coberta”, afirma o executivo. O investimento no 3G cresceu 6%. De acordo com Abreu, esse investimento e o crescimento de usuários de smartphone, que hoje representam 68% da base de clientes, garantiu o aumento na receita de dados em 17%, atingindo R$ 7,74 bilhões.

Abreu também espera que esse ano a receita por serviços de dados e voz se cruzem, e a expectativa é de que o crescimento em dados continue em dois dígitos. Apesar do momento complicado da economia e o encolhimento do mercado de smartphone (movido pela queda da Lei do Bem), o CEO afirma que ainda há espaço para melhoria de rede, o que atrairá novos clientes. “Dados será nossa principal fonte de receita”, encerra o executivo.

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