Estratégias

Riqueza do brasileiro aumenta 1/3 em 30 anos

ImageEntre 1975 e 2004, o PIB per capita cresceu dez vezes na China, três na Índia e quase dobrou nos EUA, Espanha, Finlândia e Alemanha.

Em um grupo de dez países analisados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) – órgão vinculado ao Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República –, o Brasil só superou a África do Sul e a Argentina em crescimento econômico de 1975 a 2005. Nosso PIB per capita cresceu 35,6% nesses 30 anos e perdeu para o crescimento de China (896%), Índia (174,3%), Finlândia (88,5%), EUA (88,2%), Espanha (85,3%), Alemanha (79,8%) e México (49%).

Apesar do fraco crescimento, o país triplicou o consumo de energia elétrica. Já a China foi mais eficiente: cresceu quase dez vezes, mas aumentou o consumo de energia oito vezes. A Finlândia, com PIB quase dobrado, passou a consumir três vezes mais energia.

No quesito investimento na formação de capital fixo entre 1995 e 2004, a Rússia também entrou no grupo em análise, e o Brasil caiu para a nona posição, superando novamente apenas Argentina e África do Sul. Esses números fazem parte do Comunicado da Presidência nº 15, ‘Desenvolvimento e Experiências Internacionais Comparadas’.

De acordo com a análise, Rússia, Índia e China são países com acelerado crescimento do PIB e grandes dimensões de território e população, comparáveis, nesse sentido, ao Brasil, mas com estratégias de inserção internacional peculiares. Já EUA, Alemanha, Finlândia e Espanha são países centrais com crescimento econômico rápido no período recente, devido a estratégias específicas de competição e integração regional, representativos também de modelos específicos de Estado de Bem-Estar. México e Argentina são países da América Latina com vasto território e população que adotaram estratégias alternativas de desenvolvimento se comparadas ao Brasil, estando mais afinadas com os preceitos das organizações financeiras internacionais. Finalmente, a África do Sul é um país com grandes similaridades com o Brasil em termos econômicos e sociais, sobretudo em termos de heterogeneidade estrutural.

Em dez dos 11 países, as doenças cardiovasculares e os diversos tipos de câncer são as principais causas de morte, com exceção da África do Sul, onde dispara a Aids. Na Índia, destacam-se as doenças parasitárias e infecciosas. O Brasil é o primeiro em mortes violentas; a Alemanha, a última.

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