Casos de sucesso

RJ debate influência de TIC no desenvolvimento e sustentabilidade das cidades

Cisco encabeça iniciativa e apresenta soluções.

A Cisco realizou esta semana no Rio de Janeiro, pela primeira vez na América Latina, o evento Smart+Connected Comunities Institute (S+CC), que reuniu na quarta e na quinta-feira, dias 01 e 02 de junho, respectivamente, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), especialistas locais e internacionais, acadêmicos, gestores públicos e o setor privado para debater os desafios da sustentabilidade urbana e o papel da tecnologia na saúde, educação transporte e segurança pública.

Temas como planejamento urbano integrado, sustentabilidade, inclusão social por meio da tecnologia, transporte inteligente e infraestrutura tecnológica para suportar tudo isso foram amplamente discutidos. O Rio de Janeiro foi escolhido para sediar o seminário em função dos grandes eventos mundiais que a cidade irá sediar, o que representará muitos desafios e oportunidades.

O evento foi aberto por Amr Salem diretor de mercados emergentes para a estratégia Smart Connected Communities, iniciativa criada pela Cisco, em junho do ano passado, como uma grande área de conhecimento sobre como usar a tecnologia na área de desenvolvimento urbano. O Instituto conta com 10 membros sponsors e é formado por uma comunidade global reunindo os setores públicos e privados, universidades e representantes de mais de 100 cidades em todo o mundo.

Segundo Sudarshan Krishnamurthi, gerente global do S+CC, o Brasil terá uma sessão do instituto em função de seus imensos desafios e da oportunidade de trocar experiências com outras cidades.

“A partir do investimento da tecnologia na infraestrutura das grandes cidades é possível criar uma visão para o desenvolvimento urbano, na melhoria dos serviços públicos, na modernização das cidades, na criação de novos tipos e oportunidades de crescimento econômico e no aumento da eficiência da gestão da cidade de um modo geral”, resumiu o presidente da Cisco no Brasil, Rodrigo Abreu. Ele informa que a Cisco já conta no país com um time de cinco pessoas dedicado ao S+CC com várias áreas foco e segmentada da vertical governo.

“O grande foco na criação de infraestrutura é o setor publico, mas também abrange segmentos privados como empreendimentos de portos, criação de novas cidades, novos bairros, projetos de desenvolvimento de regiões urbanas, em que muitas vezes a diretriz é pública, mas a implementação é privada ou por meio de Parcerias Público Privadas. E um exemplo hoje é o Porto Maravilha, projeto de revitalização da região portuária do Rio. Estamos conversando sobre vários projetos de implementação de tecnologia no local que passa por toda a infraestrutura de conectividade e todas as aplicações que esta infraestrutura permite, desde vigilância e segurança pública até controle ambiental, sistema de comunicação de vídeo para o setor privado, enfim as possibilidades são muitas”, diz Abreu.

Hardik Bhatt, membro do S+CC e diretor do Centro de Globalização da Cisco, foi  durante nove anos Chief Information Office de Chicago e participou do projeto de candidatura aos jogos de 2016. Na ocasião um dos diagnósticos realizados na cidade constatou a necessidade de construir uma rede integrada, conectando uma série de redes segmentadas que existiam na cidade.

Segundo ele, o exemplo pode ser adotado no Rio de Janeiro, que planeja implementar uma rede de altíssima velocidade integrando as redes das operadoras privadas, as redes acadêmicas e as redes de governo. Bhatt está se reunindo esta tarde com o prefeito Eduardo Paes para apresentar sua experiência na gestão de uma mega cidade como Chicago.

Darren Ware, da área de estratégia e desenvolvimento de negócios para mercados emergentes da Cisco, apresentou uma metodologia e ferramenta de diagnóstico que já foi empregada em seis cidades: Londres, Seul, Amsterdan, Austin, Toronto e Sidney. A ferramenta analisa cinco áreas: serviços básicos, serviços online, administração interna (BackOffice), ambiente de TIC, e penetração da banda larga.

As análises constataram que na média estas cidades oferecem muitos serviços online ao cidadão mas avançaram muito pouco no BackOffice. “Isso por um lado é bom porque foca no cidadão mas é complicado porque o BackOffice, a parte administrativa dos serviços públicos pode não acompanhar as demandas”, observa Ware, lembrando que da mesma forma não adianta oferecer muitos serviços online se a penetração da banda larga é baixa.

*especial do Rio de Janeiro, para o IPNews

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