Nelson Fujimoto diz que desafio é reduzir desiguadades.
O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Nelson Akio Fujimoto, destacou a necessidade de aprovação da Medida Provisória (MP) 517/00, que prevê a desoneração de modens, para a implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). A declaração foi dada na audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor sobre a implementação do plano.
Fujimoto destacou ainda que o grande desafio do PNBL é a redução das desigualdades sociais e regionais na conexão. “Mais de 90% da classe A tem acesso à internet. O desafio é ampliar o uso nas classes C, D e E”. Ele ressalta ainda a concentração de computadores e conexões à internet nas regiões Sul e Sudeste.
Além de ampliar a cobertura, o programa tem o objetivo de aumentar a velocidade da conexão e reduzir o preço do serviço. O diagnóstico do ministério é de que a banda larga no Brasil hoje é cara, concentrada e lenta. Em 2010, o número de conexões era de 11 milhões de domicílios, e o preço médio era de R$ 70.
Segundo dados apresentados por Fujimoto, 34% das conexões à internet hoje têm até 256 kpbs – o que não é considerado, pelos padrões internacionais, como banda larga. Segundo ele, apenas 1% das conexões está acima de 8 Mbps. “Em relação ao preço do serviço, o valor médio da conexão é, por exemplo, cinco vezes maior do que no Japão”, destacou.
A meta do programa é oferecer o serviço em 35 milhões de domicílios até 2014, com preço de R$ 35. O foco inicial do plano é o investimento na infraestrutura e, em seguida, em aplicações como serviços de governo eletrônico. Em um terceiro momento, o governo deverá investir em conteúdos digitais.