Internacional

Startup melhora o sistema 911 nos Estados Unidos

Aplicativo de celular envia, automaticamente, a localização de seu proprietário e dados médicos para socorristas.

 

De acordo com a Comissão Federal de Comunicação dos Estados Unidos (FCC), cerca de 70% das chamadas de emergência (discagem 911) são feitas a partir de celulares. O problema é que os atendentes do serviço dependem de sistemas baseados em telefones fixos que, às vezes, não conseguem localizar rapidamente as ligações móveis. Em outros casos, nem conseguem identificar: segundo especialistas, 60% de chamadas de emergência são repassadas com dados inexatos ou sem endereço de destino.

Agora o RapidSOS, uma startup recém saída do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (o famoso MIT), está se preparando para lançar um aplicativo que disca 911 com apenas um toque e, automaticamente, envia a localização e os dados médicos do usuário previamente registrados. A empresa já testou o aplicado em centros de socorro nos Estados Unidos e vai lançar o RapidSOS até dezembro.

O diretor de tecnologia da startup, Nick Horelik, diz que serviços avançados de localização podem economizar bilhões de dólares em contas de hospitais e com outros gastos, caso dos danos causados por incêndios em residências.

Um estudo de 2014, feito pelo FCC estimou que mais de 73 mil incidentes de emergência que ocorreram, por exemplo, na área da cidade de Salt Lake, poderiam ter sido atendidos mais rapidamente, caso os dados de localização fossem mais precisos. O MIT afirma que se o sistema fosse adotado em todo o país, poderia salvar cerca de mais de 10 mil vidas e economizar US$ 92 bilhões anualmente.

No futuro, Horelik diz, a essência da tecnologia pode ser usada em sistemas de alarme domiciliares para desenvolver um “botão do pânico” para uso em lojas de conveniência, bancos, ou mesas de professores.

Uma “foto exata” da localização

Segundo o MIT, mais de 6 mil centros de socorristas nos Estados Unidos estão usando sistemas de computadores de despacho de socorro (CAD – sigla em inglês). Desenvolvidos em 1960 e 1970 , esses sistemas usam, primariamente, a triangulação de torres de celulares para determinar a localização da pessoa que ligou. O sistema não é muito exato e, às vezes, a chamada cai antes que o sistema consiga obter as coordenadas.

Com o novo aplicativo, as plataformas legadas não precisam ser trocadas. “O próprio celular sabe exatamente onde o seu usuário está,” finaliza Horelik.

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