União, entretanto, ainda manteria controle
O novo presidente da Telebrás, Caio Bonilha, afirma que novo sócio pode fazer parte de seu capital, embora não seja prioridade no momento. Mesmo se esta possibilidade acontecer, a União continuará mantendo o controle sobre a empresa.
No começo do mês, quando o Ministério das Comunicações comunicou ao Conselho de Administração da estatal a destituição de Rogério Santanna e a nomeação de Bonilha, que foi diretor comercial até então, o novo presidente já sinalizara esta intenção.
A linha estatizante da gestão anterior não deve continuar, pois o foco agora é comercial. Esta medida pode fortalecer o capital da companhia.Mesmo após a privatização das subsidiárias estaduais do sistema Telebrás o governo manteve a maior parte das ações da holding, por isso a União é a acionista controladora, com 89,88% das ações com direito a voto e 72,67% do capital.
O financiamento é feito pelo Tesouro, mas a empresa busca de parceiros para projetos especiais, como para ampliar o atendimento com fibra ótica. Até a véspera da substituição no comando da empresa, a Telebrás começara acertos com os parceiros GVT e TIM/Intelig, para investimentos conjuntos em redes de fibras ópticas, especialmente backhaul.
Não há informações se os planos serão mantidos, já que eram acordos iniciados pelo demitido Santanna. O Ministério das Comunicações, que justificou a substituição para “fortalecer a relação institucional” da empresa com a pasta, vem evitando confrontar as concessionárias de telefonia, concorrentes de GVT e TIM/Intelig.