Faixa, hoje usada pelo Wi-Fi 6E, pode ser uma alternativa caso o 3,5 GHz acabe sendo totalmente ocupado
A TIM e a Huawei concluiram o primeiro teste bem-sucedido de 5G dentro do espectro de 6 GHz realizado nas Américas. O experimento ocorreu em um biosite da operadora no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, com uma faixa liberada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para uso temporário que foi usada para replicar desafios reais enfrentados em áreas urbanas.
O principal objetivo foi validar o desempenho, a velocidade, a cobertura e a confiabilidade do 5G na faixa de frequência de 6 GHz, que vai complementar a de 3,5 GHz quando essa estiver no seu limite de uso. Foram realizadas avaliações abrangentes para medir as velocidades de download e upload, a latência, as distâncias cobertas e a qualidade de transmissão de dados.
No primeiro teste, em campo aberto e a uma distância de 135 metros, o desempenho alcançou 1 Gbps. O segundo teste também foi realizado em espaço aberto, mas com a obstrução de árvores e a uma distância de 230 metros. O download atingiu 1,21 Gbps. O último teste mediu o sinal proveniente de um campo aberto para dentro de uma edificação localizada a 270 metros, com um throughput, que é a quantidade de dados transferidos de um lugar a outro, de 987 Mbps.
Em todos os cenários testados, o desempenho do 5G no espectro de 6 GHz foi comparável ao operado em 3,5 GHz, tanto em termos de capacidade quanto de cobertura. A velocidade média dos testes ficou em 888 Mbps a uma distância de 700 metros, alcançando um máximo de 1,38 Gbps.
Espectro pode ser usado no futuro
Atualmente, o espectro de 6 GHz é utilizado por serviços não licenciados, em especial por equipamentos de Wi-Fi 6E e, por ser considerada uma frequência de banda média, que equilibra cobertura e capacidade, pode oferecer flexibilidade operacional para a rede 5G caso ocorra um esgotamento das demais frequências.
A expectativa da TIM é que a faixa de 6 GHz ajude a massificar as aplicações de Internet das Coisas (IoT), o que, naturalmente, demandará mais espectro. Como a faixa demonstrou ser uma alternativa futura de espectro nas bandas médias para o 5G, a operadora gostaria que houvesse uma destinação equilibrada entre o uso licenciado e o não licenciado.
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