Aumento da renda e a disponibilidade de financiamentos a prazos mais longos têm garantido o bom ritmo de crescimento também do setor da construção civil.
O economista e professor da Esamc Sorocaba João Moura Neto confirma o movimento do mercado. “2011 será marcado como um ano de aumento de preços e forte pressão inflacionária nos diversos setores e, considerando que o investimento imobiliário apresenta esse perfil de ‘reserva de valor’, acredito que o aumento da procura registrado nos meses de julho a agosto reflete esse cenário, no qual os investidores buscam ativos mais seguros, fugindo das incertezas e oscilações apresentadas nos mercados de bolsas, juros e câmbio”, comenta.
Além disso, o economista ressaltou a estabilidade do setor. “Em paralelo aos resultados positivos ou negativos das bolsas, a demanda por imóveis pode ser apontada como um elemento real e concreto do cenário econômico brasileiro. Hoje, o aumento da renda e a disponibilidade de financiamentos a prazos mais longos tem garantido o bom ritmo de crescimento também do setor da construção civil”.
Mais imóveis para a classe média
Oliveira, da AE Patrimônio, ainda comenta as oscilações do setor imobiliário, que se comporta de maneira distinta de um período para o outro. Em agosto, diferentemente do mês anterior, a maior procura na região foi por imóveis usados de até R$ 300 mil. Antes disso, os mais demandados haviam sido os acima deste valor. “O perfil da procura muda constantemente, mas, independentemente, o setor segue bastante aquecido”.