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A Zyxel, fabricante taiwanesa de equipamentos de rede, começou sua história no Brasil há cerca de 20 anos, quando a Internet ainda engatinhava por aqui. Agora, a empresa decidiu que era hora de ampliar sua atuação no País e inaugurou a produção local, a partir de uma fábrica na Zona Franca de Manaus, no Amazonas.
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A iniciativa é uma forma de aumentar a presença em um dos principais mercados da Zyxel no Brasil hoje, que são os provedores de Internet (ISPs). Giovani Pacífico, diretor de produtos e vendas da fabricante, explica que a empresa quer fortalecer os laços com este setor e que a fabricação local vai permitir mais agilidade e melhor preço para as principais soluções oferecidas.
A fábrica, que opera de forma terceirizada, é capaz de produzir de 30 a 40 mil equipamentos por mês. Pacífico comenta que os principais produtos serão roteadores e modens ONUs, que possuem maior volume de venda. “Se houver demanda, podemos trazer outros produtos”, diz ele, que comenta que a capacidade total da linha de produção é de até 200 mil produtos por mês.
Além da fabricação local, a Zyxel também aposta em um atendimento mais próximo dos ISPs. Pacífico comenta que a empresa trabalha na personalização de suas soluções para os provedores. “Quando o ISP cresce, ele demanda mais customização tanto no hardware quanto em software, algo que está em nosso DNA devido a atuação com operadoras desde que foi fundada em Taiwan.”
Mercado de provedores está se consolidando
A empresa, que ainda atende pontualmente as teles no Brasil, hoje foca no mercado de provedores, com atendimento direto e com cobertura nacional. Com uma equipe hoje de dez pessoas para atender todo o País, Pacífico tem intenção de aumentá-la mesmo com a consolidação do mercado de ISPs.
Essa consolidação tem feito o mercado se mover em busca de inovação. O diretor da Zyxel vê que a maioria dos ISPs ainda não entende bem como vai funcionar o leilão de frequências do 5G, mas percebe o interesse deles, principalmente os maiores.
Além disso, ele enxerga que o advento do 5G vai forçar mais investimentos por parte dos provedores para não ficarem atrás das operadoras móveis. O investimento em XGS-PON, por exemplo, que multiplica a qualidade da banda larga fixa, tem sido freado pelo preço elevado, entre o dobro ou o triplo do GPON. “O 5G pode alavancar a XGS-PON como forma de competir com este novo serviço de Internet móvel”, afirma Pacífico.
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