O setor brasileiro de saúde é um dos mais expostos a ataques cibernéticos, revela estudo apresentado pela Apura Cyber Intelligence, empresa especializada em segurança cibernética e apuração em meios digitais. Apenas no primeiro semestre de 2023, em todo o mundo, 10,9% dos ciberataques foram direcionados para o setor, mas no Brasil a porcentagem foi ainda maior, chegando a 12%.
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A Apura diz que a indústria da saúde é um alvo primário para os criminosos cibernéticos devido à natureza sensÃvel dos dados que ela lida. Os registros de pacientes contêm informações pessoais, históricos médicos e planos de tratamento, tornando-os muito valiosos no mercado do cibercrime.Â
Os ataques cibernéticos mais comuns e tipos de violações de dados foram:Â
Um caso emblemático foi o ataque ao Grupo Sabin, um dos maiores grupos de diagnóstico e saúde do PaÃs. O ataque ocorreu em 12 de março de 2023 e, apesar da criptografia de alguns arquivos, a empresa acredita que não houve comprometimento significativo de dados pessoais nem impacto relevante em suas operações.Â
Em 14 de junho, foi identificado que alguns dados associados à empresa estavam disponÃveis na dark web. Desde então, o Sabin tem trabalhado com uma consultoria internacional para investigar a veracidade dessas informações. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e a polÃcia civil foram informadas sobre o incidente.Â
Segundo a empresa, não houve impacto na integridade ou na disponibilidade das informações dos clientes, apenas uma parcela muito pequena (menos de 0,01%) dos dados armazenados pelo Sabin foi afetada.Â
Já o Grupo Fleury, gigante no setor de medicina diagnóstica no Brasil, sofreu com a instabilidade de seus sistemas após um ataque cibernético ocorrido em junho de 2023. A companhia destacou que ativou seus protocolos de segurança para minimizar o impacto em suas operações, contando com o apoio de empresas especializadas no setor. Nas redes sociais, no entanto, clientes relataram problemas para acessar resultados de exames e fazer agendamentos.Â
Mesmo não sendo a primeira vez que o grupo é alvo de ciberataques, a empresa destacou que utiliza tecnologias disponÃveis para garantir a proteção de seu ambiente tecnológico. Contudo, em junho de 2021, essa mesma empresa sofreu um ataque semelhante que acabou prejudicando suas operações. Na ocasião, um ransomware interrompeu o acesso aos sistemas, causando um prejuÃzo de R$ 29,4 milhões.Â
Com tantos tipos de ataques cibernéticos como Ransomware, Phishing, Malware, DDoS, entre outras formas, é muito importante que as instituições de saúde invistam em medidas de segurança para proteger as informações dos pacientes e garantir a integridade dos sistemas médicos.Â
Por esta razão, a Apura afirma que as organizações de saúde devem investir em medidas robustas de segurança, como firewalls, sistemas de detecção de intrusão e criptografia, para proteger contra ataques cibernéticos. Conhecer e entender as principais ameaças cibernéticas é necessário para defender o sistema contra riscos internos e externos.  Â
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