
Um estudo da Dell’Oro Group mostrou que o mercado de infraestrutura de redes móveis caiu 4% em 2024, movimento que Carlos Roseiro, diretor de ICT Marketing da Huawei, considera natural dado que os investimentos iniciais para o lançamento do 5G cessaram. De acordo com ele, a tendência é que haja uma estabilização do negócio à medida que as redes se consolidam e atingem maturidade.
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Outro ponto é que a conjuntura internacional atual tem levado as operadoras a adotar estratégias mais conservadoras, buscando otimizar o retorno sobre os investimentos já realizados antes de expandir ainda mais suas redes. Mas o que pode ser um ponto de virada para o mercado de infraestrutura é a transição do 5G Non-Standalone (NSA) para o Standalone (SA).
“Muitas operadoras, ao redor do mundo, implementaram o 5G NSA utilizando a infraestrutura do 4G, e agora precisam lidar com a transição para o 5G SA, que exige investimentos mais elevados para a construção de um núcleo de rede totalmente independente.”
Brasil na vantagem
As operadoras brasileiras saíram na frente em relação a outras teles ao redor do mundo porque a implantação do 5G no Brasil foi configurada para suportar o Standalone desde o início. “Todas as operadoras contam com a variante 5G SA nas suas redes”, explica Roseiro, que lembra que as operadoras brasileiras podem ativar a tecnologia conforme suas estratégias de mercado.
Além disso, os investimentos no Brasil não chegaram a cair. De acordo com dados da Conexis Brasil Digital, o setor de telecomunicações investiu R$ 24,5 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, com R$ 8,5 bilhões aplicados no terceiro trimestre. “Estes valores estão praticamente estáveis em relação ao ano anterior”, complementa o diretor da Huawei.
“Em resumo, o país continua avançando na expansão e modernização de sua infraestrutura de rede móvel, destacando-se no cenário global por já ter uma vasta cobertura 5G, com mais de 40 milhões de aparelhos com a tecnologia.”
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