A maioria (87%) das organizações conseguiu utilizar a tecnologia para aumentar os lucros nos últimos 24 meses. Ainda houve uma alta de 25% no número de executivos afirmando que esses sistemas impactaram positivamente a lucratividade, em diferentes categorias tecnológicas. Os dados são da pesquisa “Global Tech Report 2024”, conduzida pela KPMG com 2.450 profissionais de tecnologia de 26 países, incluindo 150 brasileiros de empresas de grande porte com receita superior a US$ 100 milhões.
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Segundo a KPMG, 59% das empresas aumentaram o lucro em 11%, no mínimo, a partir da transformação digital. A alta de lucro mais comum resultante desses esforços está entre 11% e 15%.
O relatório evidenciou que o otimismo no uso de tecnologias avançadas é evidente, com 93% dos líderes usando Inteligência Artificial (IA) ou análises preditivas para medir o desempenho da tecnologia, o que representa 23% a mais do que a média de todas as empresas. Três quartos (77%) delas planejam expandir parcerias para obter a expertise necessária, e 73% dos executivos indicam que suas equipes estão dispostas a adotar tecnologias de ponta. Para a KPMG, isso mostra que a IA já entrega o que promete e adiciona valor comercial para as empresas.
Expectativas sobre IA
Ainda de acordo com o relatório, a IA tem sido fundamental para os “trabalhadores do conhecimento”. A maioria dos entrevistados globais (74%) e brasileiros (73%) afirmando que a IA já está aumentando a produtividade desses profissionais e melhorando o desempenho geral de suas organizações.
Contudo, essa tecnologia também gera preocupações, considerando que metade (53%) dos respondentes temem que suas organizações estejam ficando para trás na corrida tecnológica, refletindo uma preocupação global. A capacidade de escalar a IA para produção também é uma realidade para apenas 33% das empresas brasileiras.
A pesquisa da KPMG também mostrou como os respondentes brasileiros planejam usar a IA com aspectos de governança, confiança e cibersegurança:
- desenvolvimento contínuo de políticas de governança de IA para uso ético e justo (43%);
- centralização da abordagem à experimentação com IA (39%);
- aumento das divulgações de transparência fornecidas aos usuários (42%);
- realização de exercícios rotineiros de red-teaming para testar limites de segurança (39%);
- democratização da abordagem à experimentação com IA (29%);
- adoção de modelos zero trust (37%);
- colaboração com especialistas externos e reguladores (25%).
Medo faz organizações perderem tempo
Cerca de 80% dos respondentes brasileiros pontuando que a aversão ao risco de sua liderança sênior faz com sua organização ser mais lenta que concorrentes na adoção de novas tecnologias. De acordo com a publicação, a maioria das empresas brasileiras está em um estágio intermediário de adoção tecnológica, contando com apoio da liderança e visão estratégica. No entanto, elas enfrentam desafios como a falta de talentos especializados e a necessidade de métricas mais eficazes para avaliar o retorno dos investimentos.
Outro dado é que 63% dos brasileiros informam que falhas em seus sistemas fundamentais de TI empresarial interrompem as operações rotineiras semanalmente. Além disso, 69% deles conseguem evitar que custos ocultos interrompam suas jornadas de transformação digital.
A maioria dos executivos, segundo a pesquisa, deseja que suas iniciativas tecnológicas tenham um propósito mais amplo, com 70% garantindo que seus investimentos em tecnologia estejam diretamente voltados para suas responsabilidades sociais e de sustentabilidade. Entre os respondentes brasileiros, o índice é de 79%.
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