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Como a IA Generativa está redesenhando o mercado de trabalho?

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*Por Leandro Torres

A inteligência artificial generativa (IAG) está emergindo como uma força transformadora, prometendo revolucionar setores inteiros e redefinir o futuro do trabalho. Enquanto países ao redor do mundo avançam rapidamente na adoção dessa tecnologia, o Brasil, por sua vez, enfrenta desafios únicos. De acordo com o estudo “Trust, attitudes and use of artificial intelligence: A global study 2025“, da KPMG, 87% dos brasileiros aprovam o uso de IA no trabalho, indicando uma integração positiva entre pessoas e tecnologia. No entanto, 46% dos colaboradores estão preocupados em serem deixados para trás se não usarem IA no trabalho e mais de 27% dos entrevistados relatam enfrentar desafios como o aumento da carga de trabalho e do estresse.

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Este cenário revela um descompasso preocupante entre a velocidade da inovação tecnológica e a capacidade das empresas e profissionais brasileiros de acompanhá-la. A pergunta que se coloca é: como podemos não apenas acelerar a adoção da IA, mas também garantir que essa transformação seja sustentável e benéfica para todos os envolvidos, evitando que o Brasil fique para trás nessa corrida tecnológica?

Capacitação é a chave para a competitividade

A resposta reside, em grande parte, na capacitação. A lacuna de habilidades em TI e a falta de treinamento adequado são barreiras significativas que precisam ser superadas. A IAG não é apenas uma ferramenta tecnológica; ela representa uma mudança de paradigma que exige uma combinação de habilidades técnicas e competências humanas. Investir em capacitação é crucial para liberar o potencial de inovação das empresas brasileiras e garantir sua competitividade em um mercado global cada vez mais digital. Programas de treinamento devem ser desenhados para não apenas ensinar o uso de novas ferramentas, mas também para fomentar a criatividade e o pensamento crítico, habilidades essenciais em um mundo impulsionado pela IA.

Para que a transformação digital seja inclusiva e eficaz, a educação sobre IAG deve ser incremental e acessível. Isso significa oferecer oportunidades de aprendizado que sejam flexíveis e adaptáveis às necessidades dos profissionais. Plataformas online e cursos modulares são ferramentas poderosas para democratizar o acesso ao conhecimento e permitir que os indivíduos aprendam no seu próprio ritmo. À medida que os profissionais ganham confiança e encontram maneiras de aplicar suas novas habilidades em suas funções diárias, eles naturalmente se tornam mais receptivos à inovação. Essa abordagem não apenas reduz o medo da tecnologia, mas também catalisa uma cultura de inovação contínua.

O papel das lideranças na transformação digital

As lideranças empresariais desempenham um papel vital para a transformação digital. Elas são as responsáveis por criar um ambiente que encoraje a experimentação e a adoção de novas tecnologias. Isso envolve não apenas a implementação de políticas que facilitem o acesso à IAG, mas também a promoção de uma cultura organizacional que valorize o aprendizado contínuo. Líderes visionários são aqueles que veem a IAG não como uma ameaça, mas como uma oportunidade de reimaginar processos e criar valor de novas maneiras. Ao inspirar suas equipes a abraçar a mudança, eles podem transformar a resistência em entusiasmo e inovação.

O caminho para o protagonismo brasileiro começa com a educação

O Brasil está em um ponto de inflexão. O cenário geopolítico global está criando novas oportunidades para empresas de soluções e serviços em tecnologia baseadas nas Américas, e a adoção estratégica da IAG no mercado de trabalho pode ser um motor poderoso para o crescimento econômico e social brasileiro, e para o aumento do protagonismo do Brasil no mundo Ocidental. No entanto, para que isso aconteça, é essencial que o país invista em capacitação e promova uma cultura de inovação. Essa transformação não é apenas uma necessidade, mas uma oportunidade para redefinir o futuro do trabalho no Brasil. Ao abraçar a tecnologia e a criatividade humana, podemos impulsionar o Brasil para um novo patamar de inovação e competitividade, garantindo que o país esteja preparado para os desafios e oportunidades do século XXI. *Leandro Torres é CEO da BePRO Institute e Smart Coding Lab.

Este artigo é de total responsabilidade do autor, não representando, necessariamente, a opinião do Portal IPNews.

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