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Como a tecnologia está tornando as viagens mais personalizadas e eficientes

Business trip concept with a businessman touching a button on a screen with icons about travel planning, transportation, hotel, flight and passport

Na existência, a mudança é a única constante. Tudo muda e avança para outro plano. É nesse sentido que a transformação digital, sem sombra de dúvidas, especialmente nos últimos 20 anos, transformou significativamente uma série de setores, e o turismo não é uma exceção, em particular para quem reserva hotel com frequência.

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Na atual era do mercado, as tecnologias desenvolvem-se todos os dias, projetadas para entregar aos usuários e consumidores novas experiências, novos produtos, novos serviços e até mesmo novos modelos de negócios.

No turismo, a digitalização vem tornando-se a principal transformação do setor nos últimos anos, de acordo com os debates realizados no painel “Turismo: Perspectivas na Economia Digital, Oportunidades e Desafios”, que aconteceu no Seminário Executivo Economia Digital 2024. Mas como o setor está fazendo uso dessas ferramentas?

Turismo, tecnologias e perspectivas de mercado

Um estudo realizado pelo Boston Consulting Group (BCG), intitulado “Building the Travel Company of the Future”, demonstrou que somente 5% das empresas vinculadas ao setor de viagens estão de fato preparadas para o futuro.

O foco do estudo encontra-se atrelado a experiência do cliente, a inovação operacional, a excelência comercial e a resiliência dos custos envolvidos nessas questões. Embora as novas tecnologias existam em maior número atualmente, é preciso que as empresas façam uso delas para inovar em seus setores. É esse movimento que o turismo vem realizando.

Conforme o BCG, as empresas “future-built”, ou, em tradução livre, “construídas para o futuro”, são aquelas que possuem os atributos necessários para encarar os desafios por vir. Mas quais atributos seriam esses?

De acordo com a 5ª edição da revista “Tendências do Turismo”, divulgada pelo Ministério do Turismo (MTur), esses atributos expressam-se como fortes tendências, sendo elas: roteiros flexíveis, atrativos que usam inteligência artificial, turismo musical e esportivo, entre outras microtendências.

O debate que aconteceu no painel “Turismo: Perspectivas na Economia Digital, Oportunidades e Desafios” também delineou quais seriam esses atributos. No cerne do debate, a inteligência artificial foi discutida como uma ferramenta elementar no que diz respeito à personalização do atendimento.

A partir de ferramentas como IA e Machine Learning, plataformas de reservas e empresas passaram a ter em seu arsenal a possibilidade de analisar um volume grande de dados para compreender as preferências dos consumidores.

Isso permite oferecer recomendações sob medida, desde sugestões de destinos até opções de hospedagem que se alinham ao perfil do consumidor. Esse movimento tende a tornar as experiências mais eficientes e, de certo modo, mais intuitivas.

Outro ponto discutido foi o fato de que a jornada de compra dos consumidores no setor de turismo tornou-se muito mais complexa, exigindo uma série de pontos de contato que influenciam diretamente na experiência.

O check-in e o check-out online, por exemplo, eliminam a necessidade de filas e todo um aparato burocrático que permeia essas funções. É nesse sentido que o uso estratégico de dados mostra-se como um elemento-chave na personalização das ofertas, a fim de aumentar a possibilidade de conversão de vendas.

As principais ferramentas tecnológicas utilizadas no turismo hoje, quando pensa-se em larga escala, são a realidade virtual (RV) e a realidade aumentada (RA), voltadas a visitas imersivas, chatbots, big data e até mesmo o próprio QR Code voltado para reserva de hotel e check-in, bem como pagamentos.

A partir da digitalização de uma série de atividades, portanto, realizar reservas tornou-se um processo mais simples. Hoje, as empresas que trabalham com hospedagem, voltadas a quem reserva hotel por curto ou longo período, a partir das plataformas digitais, simplificaram todos os processos que envolvem essa questão.

Esses registros criam um banco de dados, e, a partir dele, possibilita-se comparar preços e até mesmo utilizar sistemas de pontos e descontos personalizados. No Brasil, atualmente, alguns municípios estão avançando na transformação digital ligada ao setor. Há pouco tempo, São Luís (MA) e Porto Velho (RO) lançaram tecnologias voltadas ao turismo.

Em São Luís, por exemplo, o Sistema de Inteligência Turística da cidade de São Luís (ATENAS) permite acessar em tempo real informações relativas ao perfil dos turistas, a taxa de ocupação das hotelarias, bem como o fluxo de visitantes, entre outros fatores.

Porto Velho, por sua vez, investiu em um sistema de inteligência artificial voltado à facilitação no que diz respeito ao acesso às informações turísticas sobre a região. A IA MarIA, então, atua diretamente como um chat inteligente que fornece apoio aos moradores e turistas a guiarem-se pelos principais pontos turísticos do local.

No fim, seja na procura por novos lugares, seja para quem reserva hotel, a tendência é que cada vez mais o turismo faça uso dessas ferramentas para melhorar a experiência do consumidor. À medida que a tecnologia continua evoluindo, o futuro do turismo e, por consequência, da hospedagem parece ser cada vez mais promissor.

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