
A mineira M3 Lending quer ocupar um espaço estratégico no mercado financeiro e facilitar o crédito para pequenas e médias empresas (PMEs) com tecnologia de ponta e processos descomplicados. Para isso, a fintech acaba de anunciar um aporte na Valence, startup também de Minas Gerais especializada em inteligência artificial (IA). O movimento ocorre em meio a um mercado em franca expansão. O Brasil lidera o mercado de fintechs na América Latina, com 1.706 fintechs em operação em 2025, segundo a Distrito, representando cerca de 32% das startups financeiras da região, impulsionado pela demanda por crédito, meios de pagamento digitais e soluções de banking as a service.
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“A inteligência artificial nos permite evoluir todos os dias. Com a Valence, ampliamos nossa capacidade de análise e atendimento, reduzimos prazos e melhoramos a experiência do cliente. Isso faz parte do nosso propósito de tornar o crédito mais acessível para quem movimenta a economia do país”, afirma Gabriel César, CEO da M3 Lending.
Fundada em Belo Horizonte, a M3 conecta investidores a PMEs, oferecendo taxas até 22% menores do que as praticadas por bancos tradicionais, em um processo 100% digital e sem burocracia. Agora, com o uso de IA, a fintech pretende criar um ecossistema financeiro completo, combinando crédito, dados e serviços integrados para empresas.
No Brasil, as micro e pequenas empresas respondem por aproximadamente 27% do PIB e são a base de mais da metade dos empregos formais, segundo dados do Sebrae/IBGE, mas enfrentam dificuldades históricas para acessar crédito em condições viáveis. Para especialistas, a incorporação de inteligência artificial nas análises de crédito pode reduzir custos, melhorar a acurácia na avaliação de risco e acelerar a concessão de recursos, destravando o crescimento de um segmento estratégico para a economia.
“Queremos construir uma ponte eficiente entre investidores que buscam rentabilidade estável e empresas que precisam de capital para crescer. Estamos criando um canal seguro, transparente e simples, que faz o dinheiro circular onde ele gera valor real: nas pequenas e médias empresas, que são o motor do país”, conclui o CEO da M3.
Gabriel afirma que o aporte na Valence “é um movimento alinhado com o cenário em que fintechs deixam de ser apenas intermediárias de crédito e passam a se posicionar como plataformas integradas de serviços financeiros, impulsionadas por dados e tecnologia”. Para o mercado, é um sinal claro de que, no ambiente competitivo das fintechs, a eficiência e a inteligência embarcada serão diferenciais cada vez mais decisivos.
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