O Fórum Redes Privativas 4G e 5G no Brasil 2025, webinar realizado hoje (30/1) pela Teleco, apresentou um levantamento das redes privativas em operação ao redor do mundo e contabilizou 1,6 mil empresas ou entidades governamentais que já utilizam a tecnologia. No Brasil, são ao menos 63 iniciativas públicas, um crescimento de 66% em 2024. A expectativa da consultoria é de que existam muito mais que não forma reveladas ao mercado.
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Eduardo Tude, diretor da Teleco, explicou que empresas iniciam com 4G e, em muitos casos de uso, ele é o bastante para atender as operações. Ainda segundo ele, as vantagens do 5G não compensam o preço e falta de dispositivos para serem usados na ponta. “Só quando a latência é muito importante ele vira fundamental”, complementa, lembrando que o 5G Advance pode atrair mais operações no futuro por conta da melhor taxa de upload e precisão da localização via GPS.
Vantagens de redes privativas
Em sua apresentação, Tude também destacou os benefícios de redes privativas em comparação com outras opções do mercado, como o Wi-Fi e a NB-IoT. Ele explicou que essas redes operam independentes e isoladas e podem ser integradas, ou até substituídas, por redes privativas 4G/5G, trazendo mais qualidade de rede e segurança. Os principais benefícios seriam:
- Maior velocidade de download e upload
- Cobertura consistente e confiável na área de interesse da empresa, inclusive em ambientes internos
- Menor latência
- Menos interferência, por utilizar espectro licenciado
- Maior segurança e privacidade ao restringir o acesso à rede apenas aos autorizados
- Flexibilidade e escalabilidade
- Suporte a aplicações de missão crítica
Tude ainda ressaltou que uma rede integrada permite a centralização das informações, operação remota, redução de pessoal em campo e um avanço na otimização e automação de processos pelo uso de Data Analytics e inteligência artificial.
“O Wi-Fi 6 é uma opção competitiva para redes privativas em ambientes indoor, mas é superado pelas redes 4G/5G em ambientes externos, devido a seu alcance limitado e mobilidade reduzida.”
Principais áreas de atuação
O levantamento da Teleco mostrou que as redes privativas se destacam em número na indústria, no agro e no setor elétrico e de óleo e gás, nessa ordem. Os principais objetivos dessas áreas são melhorar a conectividade, principalmente de upload para câmeras de vigilância, centralização de informações e possibilidade de operação e manutenção remotas.
Tude destacou que a indústria brasileira segue a tendência global em iniciativas de redes privativas, mas que o agro nacional está bem a frente do que é feito em outros países. No entanto, o uso dessa tecnologia está bem aquém em setores como educação, defesa civil, setor militar e desenvolvimento científico.
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