Estudo da Veritas mostra que organizações acreditam que responsabilidade na garantia do acesso é apenas do fornecedor.
Dados de um estudo feito pela Veritas Technologies, líder em gestão de dados em multinuvem, indicam que 60% dos entrevistados não avaliou totalmente o custo de uma indisponibilidade de nuvem para seus negócios. Consequentemente, a maioria não está preparada para lidar com o impacto de uma indisponibilidade.
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O estudo foi realizado pela Vanson Bourne, que entrevistou 1,2 mil responsáveis pela tomada de decisões comerciais e de TI no mundo todo, sendo 100 deles no Brasil. Sob uma perspectiva global, o estudo revelou que 99% dos responsáveis pela tomada de decisões de TI informaram que suas organizações migrarão os sistemas para a nuvem nos próximos 12 a 24 meses. O que torna mais crítica a falta de avaliação dos riscos e necessidades da nuvem.
Embora os provedores de serviços de nuvem ofereçam objetivos de nível de serviço baseados em infraestrutura, a pesquisa indica que muitas organizações não conseguem entender sua própria responsabilidade, além da responsabilidade de tais provedores, no que se refere a garantir que os aplicativos essenciais receberão a proteção adequada em caso de indisponibilidade.
Enquanto a migração para a nuvem continua ganhando força, é fundamental que os clientes entendam como uma indisponibilidade poderia afetar seus negócios. No Brasil, 26% dos entrevistados foram impactados por uma interrupção no serviço de nuvem. Isso resultou em tempo de inatividade do sistema (65%), seguido por perda de receita (50%), redução na satisfação do cliente (35%) e incapacidade de testar cargas de trabalho (31%).
Quem é o responsável no caso de uma indisponibilidade de nuvem?
Mais da metade dos entrevistados (59%) acredita que o provedor de serviços de nuvem é o principal responsável por lidar com interrupções no serviço de nuvem. Dentre os entrevistados, 83% também acham que o provedor de serviços de nuvem da organização deles é responsável por garantir a proteção das cargas de trabalho e dos dados na nuvem contra indisponibilidades.
Embora os provedores de serviços de nuvem tenham acordos de nível de serviço em vigor, eles normalmente se destinam à camada de infraestrutura e são os responsáveis pela restauração da infraestrutura em caso de indisponibilidade de nuvem.
A Veritas explica que os clientes precisam considerar outros fatores importantes que vão além da indisponibilidade real em nível de infraestrutura, como recolocar os aplicativos online quando a infraestrutura retornar após uma queda. Dependendo da complexidade das integrações dos aplicativos durante a reinicialização e da quantidade de dados perdidos durante a indisponibilidade, o tempo real de recuperação dos aplicativos poderá ser muito mais longo do que o tempo de recuperação da infraestrutura.
Como alternativa, uma organização poderá decidir ser mais proativa e fazer o failover dos aplicativos em seu data center local ou em outra nuvem. A organização seria a principal responsável por isso, não o provedor de serviços de nuvem.
De acordo com a Veritas, as empresas não entendem que a recuperação é uma responsabilidade conjunta entre o provedor de serviços de nuvem e o cliente. A recuperação imediata após uma indisponibilidade de nuvem, diz a companhia, está sob o controle do cliente, que é responsável por fazê-la se adotar uma postura proativa em relação ao tempo de atividade dos aplicativos na nuvem. Agindo de forma correta, as organizações conseguem diminuir o tempo de inatividade, o impacto financeiro, a perda da confiança dos clientes e os danos à reputação da marca, encerra a empresa.