De acordo com estudo do Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em CurrÃculo e Sociedade (GEICS), da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), a falta de organização da rotina para estudar de forma online se apresenta como um em grande empecilho para o ensino à distância nesse perÃodo de quarentena. A pesquisa foi realizada com estudantes de todo o Brasil matriculados em instituições públicas e privadas.
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Cerca de 45% dos alunos disseram participar de apenas parte das aulas online (23%), ou de nenhuma aula on-line (6%). Entre os outros motivos comentados, está a dificuldade em conciliar as aulas com o home office (25%), bem como as tarefas domésticas (23%). O dado reforça a dificuldade em se adaptar rapidamente a um método que até então não tinha sido utilizado amplamente, como dito por 54% dos estudantes que nunca haviam tido contato com aulas on-line e ou ensino à distância antes da quarentena.Â
Um dos motivos para essa dificuldade em se organizar, é a sequência de videoconferências propostas pelos professores (83%). Contudo, como a obrigação em participar das aulas é de apenas 39% (ou seja, participar da transmissão ao vivo não impacta na frequência), há um efeito adverso na participação dos alunos na aula.Â
Assim, apenas 16% disseram que a turma inteira participa das chamadas, enquanto 33% colocaram que mais da metade da turma participa; 23% em cerca de metade da turma. Por fim, 21% votaram na opção que menos da metade da turma participa.Â
Ademais, a mudança para o on-line também afetou outros formatos de conteúdo que os professores utilizam para os alunos. Os clássicos textos avulsos (Word, PDF, entre outros), bem como apresentações em slides, mantém-se como os mais tradicionais, com 78% e 75% das marcações.Â
Porém, pela facilidade da conexão constante, vÃdeos e livros digitais apresentaram números altos, com 69% e 30%, respectivamente. Textos em portais e sites e bases de dados e pesquisa ficaram na faixa dos 20% de utilização. Apesar dessa ampla utilização de recursos, os alunos admitem que não costumam auxiliar os professores nos usos e seleções de novas tecnologias, com só 20% apresentando esse comportamento.Â
O problema é que para a experiência de aprendizado dos alunos, essa grande gama de conteúdos introduzidos rapidamente acabou por afetá-los negativamente. Dessa forma, 62% se sentem sobrecarregados, 54% estão inseguros e 47% desorientados. Bem como, 65% afirmam que seu aproveitamento diminuiu.Â
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