*Por Silmar Palmeira
Os aficionados em tecnologia têm propagado as possibilidades da Inteligência Artificial (IA) há anos. Os benefícios de uma tecnologia que aprende padrões para oferecer soluções, experiências, conteúdos e resultados são empolgantes. Ainda assim, esses cenários podem parecer remotos ou longe da realidade do cotidiano da população. Contudo, nos últimos meses, a empolgação com a IA atingiu as redes sociais por meio de uma série de iniciativas. Um exemplo foi o app Lensa AI, e alguns semelhantes, que transformam selfies em interpretações artísticas e tomaram conta das fotos de perfil nas redes sociais. Os posts reimaginando filmes, séries e desenhos em outros contextos viralizaram. Isso sem contar com trabalhos artísticos hiper-realistas, que nos levam a questionar se os modelos das imagens realmente não existem.
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Entre essas novidades, o ChatGPT têm sido um dos mais comentados. Interpretado por muitos como a evolução em termos de ferramenta de buscas, o chat utiliza linguagem de IA, desenvolvida pela empresa OpenAI. Ele foi treinado utilizando um grande volume de dados em textos da internet e responde a uma ampla gama de solicitações e perguntas em tom casual, parafraseando os conteúdos online. A expectativa é que com o aprendizado de máquina, ele contribua em buscas, para inspirar a escrita criativa e para integrar outras aplicações.
A visão de que a IA é uma das tecnologias transformadoras direciona as gigantes de tech em seus planos de P&D, crescimento e investimentos. A expectativa é de que o mercado de softwares e inteligência artificial aumente 35% até 2025, atingindo 126 bilhões de dólares, de acordo com o relatório Artificial Intelligence – In-depth Market Insights & Data Analysis, publicado pelo site Statista.
A Qualcomm, por exemplo, está explorando o potencial de utilizar tecnologias de IA em dispositivos móveis na Borda Inteligente (Intelligent Edge). A conectividade na borda permite o uso de diversos dispositivos com resposta mais rápida – uma vez que nesse modelo o processamento ocorre mais próximo de onde os dados são produzidos.
Essa visão está transformando a indústria automotiva, tornando os carros conectados em provedores de serviços, entretenimento e informações personalizadas, além da direção autônoma. Vemos ainda a adoção de soluções de Internet das Coisas (IoT) em casas, empresas, indústrias, medicina, entre outras, trazendo inteligência e conectividade para os objetos.
Headsets e óculos de XR proporcionam experiências imersivas, que estão fundindo os espaços digitais e físicos. Além disso, vemos melhorias para a computação com laptops que, por exemplo, possuem IA no dispositivo para desfocar fundos, aplicar filtros faciais e cancelar o ruído de fundo.
E, é claro, o contínuo trabalho para oferecer o que há de mais avançado para o dispositivo mais popular: o smartphone. A IA é definitivamente uma das chaves para tornar o smartphone cada vez mais “smart”, seja na qualidade de vídeo, tradução em tempo real ou assistência digital.
Dessa forma, vemos que a IA já faz parte de nosso cotidiano e será uma das forças por trás das transformações tecnológicas. A popularização da IA é um momento perfeito para impulsionarmos a sociedade a explorar as possibilidades de uma tecnologia focada em aprender e buscar os melhores resultados, nos inspirando, estimulando a criatividade, levando ao avanço tecnológico e focando sempre em mais benefícios para as pessoas (reais). *Silmar Palmeira é diretor Senior de Produtos para Qualcomm América Latina.
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