A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software Technologies, aponta um novo modelo de hacktivismo que está em alta no mundo todo. Agora, os hackers que usam suas habilidades em prol de uma causa estão mais organizados, estruturados e até soficticados.
Os grupos de hacktivistas não consistem mais em alguns indivíduos aleatórios que realizam pequenos ataques de negação de serviço (DDoS) ou desfiguração de baixo nível em sites. São organizações coordenadas com características distintas até então inéditas.
São cinco características que marcam a forma atual de hacktivismo, segundo os pesquisadores da CPR:
A CPR suspeita que a mudança no modelo de hacktivismo começou há cerca de dois anos, com vários grupos hacktivistas como Hackers of Savior, Black Shadow e Moses Staff que se concentraram exclusivamente em atacar Israel.
Os pesquisadores acreditam que a guerra entre Rússia e Ucrânia proliferou o novo modelo de hacktivismo. Por exemplo, o Exército de TI da Ucrânia foi publicamente mobilizado pelo governo ucraniano para atacar a Rússia. O novo hacktivismo também viu grupos que apoiaram a narrativa geopolítica russa, com grupos como Killnet, Xaknet, From Russia with Love (FRwL), NoName057(16) e muito mais.
A CPR aborda sobre o grupo hacktivista Killnet como um exemplo do modelo mais recente, detalhando seus ataques por país e linha do tempo de ataque. Os pesquisadores da CPR alertam que o hacktivismo que se origina em geografias relacionadas a conflitos tem potencial para escalar em todo o mundo.
Em abril de 2022, o grupo Killnet, mudou completamente seu foco para apoiar os interesses geopolíticos russos em todo o mundo. O grupo alegou ter executado mais de 550 ataques, entre o período de final de fevereiro e setembro. Apenas 45 deles foram contra a Ucrânia, menos de 10% do número total de ataques.
A CPR divulgou até uma linha do tempo dos principais ataques da Killnet:
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