Segmento atacadista distribuidor cresceu e atingiu faturamento total de R$ 164,5 bilhões em 2011.
Com número recorde de 428 participantes em 2012, uma amostragem que representa quase 40% do segmento, o Ranking ABAD/Nielsen oferece um retrato do atacado distribuidor nacional. Os dados acompanham mudanças no comportamento do consumidor final, do cliente do varejo que compra no atacado, crescimento dos atacados médios e melhoria na renda nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
O segmento atacadista distribuidor cresceu 2,2% (8,8% nominais) em 2011 sobre 2010 e atingiu faturamento total de R$ 164,5 bilhões. Em um mercado de consumo que representou uma receita de R$ 317,6 bilhões no ano passado, os agentes de distribuição responderam por 51,8% da movimentação. Com isso, a participação dos agentes de distribuição no mercado mercearil permanece acima dos 50%, pelo sétimo ano consecutivo.
A análise dos números do Ranking ABAD/Nielsen 2012 mostram que a preferência do consumidor está se deslocando para os supermercados de médio porte, refletindo a crescente sofisticação do novo shopper.
Por isso, o atacadista distribui¬dor precisa trabalhar em estreita parceria com o varejista para oferecer ao consumidor final diferenciais capazes de garantir o crescimento das lojas de vizinhança, principais clientes do atacado distribuidor. Para o presidente da ABAD, Carlos Eduardo Severini, “o novo consumi¬dor busca cada vez mais qualidade e variedade, o que o pequeno vare¬jista muitas vezes não pode oferecer. É preciso conhecer o perfil do novo consumidor e buscar sua fidelização por meio de adequação do mix, modernização da loja e aperfeiçoamento do atendimento, principalmen¬te se atentarmos para o fato de que a classe C brevemente dará lugar a uma nova classe B, com perfil ainda mais exigente e em busca de produtos e serviços cada vez mais di¬ferenciados”.
O Ranking também destaca a regionalização, que vem sendo uma constante nos últimos anos. As pequenas e médias empresas regionais crescem mais porque conhe¬cem melhor a sua área de atuação e estão mais próximas de seus clientes. Como atuam em uma área menor, podem ser mais eficazes na prestação de serviços. “As principais razões para o crescimento acentuado dessas empresas são o maior co¬nhecimento do seu território e menor custo de atendi¬mento. A tendência é que as empre¬sas regionais continuem a crescer mais do que as nacionais”, afirma o professor Nelson Barrizzelli, professor da FEA (Faculdade de Economia e Administração da USP)
Para Olegário Araújo, diretor nacional de Atendimento ao Varejo da Nielsen, conhecer o cliente do cliente tornou-se fundamental para os atacadistas regionais. “Ele precisa entender a dinâmica da região, pois isso lhe permitirá obter indicadores graças aos quais ele poderá desenvolver o seu portfólio”, diz.
Neste ano, pela primeira vez a pesquisa mensurou o engajamento das empresas atacadistas em ações de responsabilidades sociais. Segundo o estudo, 44,1% das empresas realizam algum trabalho e pretendem investir mais nas ações.