Estratégias

Acesso à Internet mudou comportamento do consumidor

Segundo Sandra Turchi, superintendente de marketing da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), metade da população brasileira navegará na web em 2010. Para ela, as empresas devem compreender essa realidade e aderir aos meios digitais.

 

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) promoveu o evento Mídia Digital para debater o futuro dos meios eletrônicos para as empresas. Durante a abertura, Sandra Turchi, superintendente de marketing da entidade, salientou a importância das corporações compreenderem essa realidade e entrar nos meios digitais.

“O perfil do consumidor mudou nos últimos anos. Ele está cada vez mais envolvido no mundo online e, em função disso, está se informando mais. Consequentemente, em várias situações, quando ele vai a um estabelecimento, acaba se mostrando mais esclarecido do que até os próprios funcionários do local”, alertou.

Sandra enfatizou a força do mobile marketing como uma das grandes tendências da área. “No Brasil, temos praticamente mais celulares que pessoas. Entre as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), 91% dos empreendedores possuem acesso ao aparelho. Com esse cenário, o smartphone ganha ainda mais força para firmar-se como plataforma multimídia”.

O advergaming, fusão dos termos advertainment (entretenimento) + game é considerada outra forte vertente na área. “Hoje em dia, não existe mais o conceito de que videogame é algo para crianças e adolescentes: a idade média dos jogadores é de 29 anos. Além disso, estamos nos deparando com o crescimento do público feminino nesse meio”, apontou a executiva.

Ela também argumentou sobre a crescente infiltração da internet na população brasileira e os impactos disso no comportamento do cidadão. “No ano de 2009, 70 milhões de brasileiros estavam online. Para 2010, a projeção é de 100 milhões, ou seja, metade da população brasileira”, comentou, acrescentando a consequência disso nos hábitos do consumidor.

“Atualmente, tomamos muitas decisões por meio de buscadores, especialmente o Google. Além disso, o internauta quer tudo rápido e não deseja perder tempo. Nas pesquisas que o internauta realiza via Google, 50% abandonam o buscador após a segunda página de resultados e 75% confiam nas informações obtidas. Com isso, é fundamental que as corporações se esforcem para figurar nesse ‘top’ de resultados para se tornarem mais ‘encontráveis’”.

No evento, Eduardo Gouveia, diretor comercial da Mídia Bay, apresentou as vantagens e particularidades da mídia indoor, ferramenta que se tornou ainda mais em voga com a implantação da Lei Cidade Limpa na cidade de São Paulo. “As telas de LCD das mídias DS possibilitam tanto ações segmentadas quanto de massa, de acordo com público, produto, local, horário, dentre uma infinidade de critérios”, declarou o executivo.

De acordo com Gouveia, para obter sucesso nesse meio, o empresário deve estabelecer diretrizes para sua campanha, tais como: foco da mensagem a ser transmitida, a quem será dirigida, onde e quando. “Devido às viabilidades de implantação, custo e manutenção das telas DS, você pode encontrá-las desde supermercados até mesmo máquinas de refrigerantes, o que contribui para a eficácia de seus resultados”.

Finalizando o encontro, Salomão Casas Neto, diretor executivo da Drimio, comentou o sucesso da web 2.0 e como ela revolucionou a conduta do consumidor. “Embora a internet ainda seja vista como fator de isolacionismo social, 61% dos internautas conversam com vizinhos ao menos uma vez ao mês. Além disso, as redes sociais da web são vistas como plataformas para estimular pessoas a se encontrarem pessoalmente, e não o contrário” afirmou.

O executivo comentou que tal comportamento é uniforme em todas as classes sociais brasileiras. “Hoje em dia, os comportamentos do usuário de internet e, consequentemente, redes 2.0, não são mais polarizados conforme as classes sociais: 51% dos internautas brasileiros são das classes C, D e E e 48% das classes A e B”.

Segundo ele, encontrabilidade e engajamento são dois dos principais elementos que as empresas obtêm fazendo parte das redes sociais, comentou o executivo. “Considerando que 88% dos consumidores buscam informações antes de comprar e 43% recomendam produtos, mesmo que as companhias não abram canais de relacionamento em redes sociais, elas estão inseridas neles mesmo que desconheçam ou não queiram, por meio de comentários das experiências dos consumidores com as marcas”, finalizou.

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