Companhia terá 21% de capacidade de fundição desligada.
A Alcoa anuncia a redução temporária de 147 mil toneladas da sua capacidade de produção de alumínio primário em São Luís (Alumar-MA) e em Poços de Caldas (MG), devido às condições desafiadoras do mercado global e ao aumento de custos de suas operações, que deixaram de ser competitivas. Os ajustes serão realizados até o final de maio de 2014.
Em 2013, a companhia reduziu 34 mil toneladas em Poços de Caldas e 97 mil toneladas em São Luis. Os novos ajustes incluem as 62 mil toneladas restantes da capacidade de produção de alumínio primário de Poços de Caldas, resultando no fechamento temporário das três linhas de produção de metal da unidade. Outras 85 mil toneladas serão reduzidas em São Luis.
“Em todo o mundo, estamos tomando medidas para reduzir a capacidade de produção dos smelters que não são competitivos e reposicionar nosso perfil de custos”, afirma Bob Wilt, presidente da Divisão Global de Produtos Primários da Alcoa. “Estas são ações difíceis, mas necessárias para suportar a estratégia da Alcoa para reduzir a base de custos de nossos negócios de upstream”.
Como resultado da redução de capacidade do smelter, a refinaria de Poços de Caldas também ajustará sua produção. A mina, a fábrica de pó de alumínio e a fundição continuarão operando normalmente, assim como a refinaria de São Luis. As demais operações da Alcoa no Brasil não serão afetadas.
“Nós sabemos como esta decisão afeta nossos funcionários, prestadores de serviços e as nossas comunidades”, afirma Aquilino Paolucci, presidente da Alcoa América Latina & Caribe. “Apesar do trabalho duro realizado pelo time para tornar nossas operações mais competitivas, fomos forçados a tomar medidas difíceis em relação à nossa produção de metal primário no Brasil, em função das condições de mercado que enfrentamos”.
Em maio de 2013, a Alcoa iniciou a revisão de 460 mil toneladas da sua capacidade de produção em todo o mundo. Assim que todos os ajustes temporários ou fechamentos anunciados forem realizados, a Alcoa terá desligado aproximadamente 800 mil toneladas ou 21% da sua capacidade de produção de alumínio primário.
Os custos relacionados à reestruturação dos ajustes realizados no Brasil no primeiro trimestre são estimados entre US$ 40 milhões e U$ 50 milhões, após impostos e participação de não controladores ou U$ 0,04 a U$ 0,05 por ação, dos quais cerca de 30% serão non-cash.