Frost & Sullivan estima crescimento de receita de 43% em seis anos.
Um levantamento da Frost & Sullivan sobre smart cards, os cartões inteligentes que levam chips capazes de armazenar e processar dados, aponta que a receita deste mercado na América Latina alcançou US$446.3 milhões em 2006, e estima que chegue a US$775.4 milhões em 2012 – o que representa um crescimento de 43%. Espera-se ainda que pacotes e serviços de valor agregado tragam uma receita adicional ao mercado.
Os cartões SIM, utilizados nos celulares com tecnologia GSM, as instituições financeiras e o governo são os principais responsáveis pela grande utilização da tecnologia de cartões inteligentes em países da América Latina como o Brasil e o México. O mercado de cartões SIM permitiu que micro-controladores liderassem o mercado com mais de 75% da receita em 2007.
A América Latina apresenta uma grande oportunidade de crescimento para aplicações de smart card com tecnologia EMV, adotados por bancos do Brasil e do México. O aumento da penetração de cartões EMV nesses dois países tem encorajado os outros principais países da região, e espera-se uma expansão de seus primeiros projetos-piloto antes de 2011.
“O transporte público é outro segmento que traz grandes oportunidades, principalmente devido à prevalência em toda a América Latina dos cartões com tecnologia sem contato (MIFARE), que têm baixo custo. “Instituições governamentais estão interessadas nesta tecnologia, principalmente para o uso em programas sociais e de educação no Brasil, México e alguns países da América Central como El Salvador e Porto Rico”, observa Alejandra Etcharran, Analista de Indústria da Frost & Sullivan.
Em geral, o mercado de cartões inteligentes da América Latina é altamente competitivo e acessível, especialmente nos segmentos maduros de comunicação (GSM), bancos e transporte público. Além disso, com projetos envolvendo não apenas grandes investimentos, mas também grandes desafios de coordenação e logística para sua atual implementação, a presença local das empresas deste segmento para suporte é vital, especialmente nos segmentos de aplicações sensíveis.
“O desenvolvimento de aplicações de valor adicionado e a oferta de suporte constante e personalizado podem anular o fator do preço e atuarem como os principais catalizadores para a adoção de tecnologias de cartões inteligentes”, completa Etcharran.
