Os vírus deixaram de lado o caminho web e hoje invadem as redes por cabos e conexões sem administração de acesso. Contra essa peste virtual, fabricantes oferecem equipamentos com aplicativos de segurança e gerenciamento de rede.
Com avanço das ameaças, os perigos das invasões estão sendo pelas pontas dos cabos de equipamentos como notebooks, impressoras, PDAs, servidores e até mesmo o pequeno pen drive. Por meio dessas conexões acontece danos a função dos dispositivos, que entram dos plugs conectados nas portas periféricas do switch e roteador.
O relatório de segurança da Cisco 2009 indica que os vírus estão cada vez mais evoluídos e alarmante, além de ser tornar em um grande negócio no crime organizado. Ameaças específicas, como os botnets, worms e spamdexing, se espalham pelas redes do mundo, agindo em um local especifico, como roubo de arquivos empresariais.
Segundo Jonathan Fratta, gerente de produtos business solutions da fabricante D-Link, aponta que os equipamentos dos funcionários é uma outra porta de entrada de ameaças. Isso acontece porque não existe uma solução de segurança de acesso, cujos empregados desavisados conectam seus notebooks e drives remotos infectados com malwares. “Além dos ataques por vingança de funcionários demitidos, os descuidados são responsáveis por 40% das invasões,”.
Para minimizar o problema, foi criado no mundo corporativa uma regulamentação de segurança de dados, o Compliance, que obriga as empresas se estruturarem adequadamente. Essa medida previne que os clientes não sejam prejudicados, como é o caso do roubo de senhas bancárias.
De acordo com o responsável da divisão de segurança da 3Com, Denis Prado, as empresas estão se adequando às normas internacionais. “Por não implantar um sistema de segurança, recentemente uma houve o roube de milhares de cartões de crédito de uma loja de varejo” exemplifica.
Junto com o crescimento de ameaças, a cultura mercadológica entre os fabricantes de dispositivos começaram a projetar aplicativos com soluções de segurança. Hoje, os produtos são comercializados com políticas de organização segura e que ofereça controle total aos acessos pelas bordas.
“Agora, os equipamentos devem disponibilizar aos usuários garantias de administração, credibilidade de informação, além de tornar as redes inteligentes com sistemas de detecção por comportamento”, diz Ghassan Dreibi Junior, gerente de desenvolvimento de negócios de segurança para a América Latina da Cisco.
Hoje, são oferecidos roteadores, switches e servidor com segurança pró-ativa, além de proteger redes LAN sem fio. São soluções customizadas e atendem a cada tipo de necessidade e estrutura de uma empresa. Também é importante que infraestrutura seja estável, com gerenciamento simples e que possa informar os dispositivos conectados ao sistema e se podem ser maliciosos.
Os três especialistas alertam pela dificuldade em resgatar todo o prejuízo causado por fraudes eletrônicas. Segundo eles, as grandes, médias e pequenas empresas devem se proteger, e manter sua arquitetura de rede em constante atualização, tendo o apoio de profissionais capacitados e equipamentos de confiança.
