A Anatel divulgou ontem (21/12) o balanço do leilão de sobras das frequências 1.8 GHz, 1.9 GHz e 2.5 GHz, registrando cerca de R$ 852,6 milhões em propostas. Só os lotes A e B, para tecnologia móvel, representaram R$ 762,7 milhões, com a participação de oito empresas. Mais de 300 empresas participaram do leilão dos lotes C, para aplicação de banda larga fixa, que somaram R$ 89,9 milhões para a Anatel.
Na disputa pelos lotes dos tipos A e B, foi registrado lucro médio de 16,7%, sendo o maior de 1.272%, comprado pela Nextel por R$ 455 milhões. Segundo a Anatel, 41 lotes foram arrematados, representando 46% do total oferecido. Só a Claro adquiriu 19 deles, apresentando investimento de R$ 61,8 milhões, sendo a operadora com maior número de aquisições neste leilão. A Telefônica Vivo aparece com o segundo maior valor de investimento com R$ 185,4 milhões, com a compra de sete lotes.
Leilões de lotes A e B rendem R$ 762,6 milhões para Anatel
A Anatel disponibilizou mais de 20 mil lotes do tipo C, vendendo quase 5,5 mil deles. O lucro médio com a venda foi de 99,4%, sendo o maior de 4.972% para Ourinhos (SP), atingindo o valor de R$ 291,8 mil. A maior proposta por uma frequência foi registrado em São Paulo: R$ 1,14 milhão, enquanto o lance médio foi de R$ 16 mil. Na média, cada empresa adquiriu 17 lotes e investiu R$ 277,5 mil. A agência ainda está analisando a documentação apresentada, mas avaliações prévias apontam que 324 empresas arremataram os lotes.
De acordo com a Anatel, 2,9 mil municípios do país (mais da metade do total) serão atendidos por mais de uma prestadora de banda larga fixa. As regiões Sul e Nordeste apresentaram as maiores quantidades de lotes vendidos, com 1,7 mil e 1,6 mil de propostas, respectivamente.