*Por Tiago Cadorin
Estamos em tempos de soluções definidas por software: redes, data center, armazenamento, entre outros. Mas, como definir sua economia por software ao usar cloud computing em sua empresa? Primeiro é preciso definir como estes serviços serão consumidos – a nuvem será um meio ou um fim?
Se a sua empresa utilizar a nuvem como um fim, procure um bom provedor, conheça suas instalações, sua equipe técnica e deixe a TI com eles. Se a nuvem é um meio para sua empresa, vale a pena manter um time interno, dedicado aos mais variados projetos para adquirir conhecimento e reduzir os custos de produção, garantindo um time-to-market rápido de novos produtos e aumento de receita.
Devemos levar em conta gastos com hardware e software, densidade de máquinas virtuais (VM) por servidor e, principalmente, automação de TI – pela qual podemos usar como métrica o custo por VM – e logo vamos entender o porquê desta medida.
Antes de partir para as VM´s, faremos uma parada no ativo mais importante de qualquer empresa: as pessoas. Será necessária uma equipe de desenvolvimento de sistemas de cloud como um meio, o que em uma grande gestão significa profissionais especializados em diversas áreas como storage, app, infra, rede etc. Existem empresas que têm seu negócio totalmente baseado em apenas um desses pilares e já encontram bastante dificuldade em gerenciar seu time. Imagine o grande trabalho de retenção, evolução e crescimento de talentos quando juntamos várias empresas em uma.
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Podemos pensar em economia por meio de hardware, em que é fácil identificar gastos excedentes, mas isso pode se mostrar um grande erro a longo prazo. Precisamos pensar em como aumentar a densidade de VM´s sem crescer os gastos e procurar otimizar a infraestrutura já adquirida. Duas opções lógicas seriam contratar mais técnicos ou aumentar instâncias por administradores, o que nos levaria a um beco sem saída – aumentar o time e gastar mais dinheiro ou ampliar a carga de trabalho dos administradores e vê-los enlouquecer.
Um estudo interno feito pela RedHat aponta que a única saída é ir rumo à automação. Considerando hardware, software e pessoas, os resultados obtidos pela empresa apontaram que a automação pode aumentar o custo por máquina virtual em US$ 53 em uma densidade presumida. Por outro lado, um crescimento baseado em OpenStack (plataforma de software para sistemas de cloud computing) reduziu o custo operacional, resultando em economia de mais de 20 vezes do ROI (retorno sobre o investimento).
Saindo de um modelo de média para alta automação, a RedHat conseguiu reduzir os custos de sua rede interna, mesmo com crescimento, definindo sua infraestrutura de nuvem por software. Apesar de reduzir o gasto por VM, o aumento excepcional do uso elevou o custo total. Por outro lado, com preços baixos a demanda aumenta mais do que a despesa e, consequentemente, eleva o ROI do fornecedor de nuvem.
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Para que seu negócio fique mais eficiente, é fundamental contar com uma empresa que forneça soluções de SDN baseadas em OpenStack. Com a rede definida por software, as aplicações e alterações de infraestrutura demoram poucos segundos ao invés de dias. Você pode movimentar seus ativos com simples cliques, sem a necessidade de transferências de hardware e configurações extensas que irão tomar o tempo de seu corpo técnico.
Então, meu conselho é: defina sua empresa por software. Dessa forma você otimiza o hardware já adquirido, aproveita melhor a equipe de TI e reduz custos, com benefícios no ROI.
*Tiago Cadorin é gerente de Pré-vendas do Grupo Binário.