Nacional

Banda larga precisa melhorar velocidade e disponibilidade, aponta relatório da Anatel

Para o SindiTelebrasil, o resultado é satisfatório, e empresas já investiram R$ 100 milhões em melhorias.

Segundo o SindiTelebrasil, as prestadoras tiveram resultados satisfatórios no relatório divulgado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) sobre o desempenho da banda larga móvel e fixa nos Estados brasileiros, mas o relatório divulgado no site da Agência mostrou que pontos como velocidade, latência e disponibilidade têm deixado os serviços ‘a desejar’ em muitos estados brasileiros.

Telcos podem ser obrigadas a identificar operadora de destino da ligação

O sindicato informou que no segmento fixo, em que as velocidades variaram de 75% e 104% a maioria das empresa teve medição acima de 80%. “O desempenho também foi satisfatório na banda larga móvel, com todas prestadoras tendo cumprido a meta de velocidade média em 9 dos 16 Estados em que houve a medição”, disse o Sindicato, e ressaltou que as empresas investiram R$ 100 milhões para ajustar sistemas e dispositivos de fiscalização, e desde 2012 têm adequado suas redes às exigências da Anatel.

Como elas deixaram a desejar?

O relatório da banda larga fixa analisou a qualidade do serviço em quase todos os Estados, exceto no Amapá; no segmento móvel a análise alcançou regiões do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Nos demais Estados, os resultados não serão divulgados por enquanto, pois a quantidade de medidores instalados “não assegura a validade estatística da amostra”, informou a Agência.

As medições avaliaram as prestadoras com mais de 50 mil clientes, como a Oi,GVT, NET, Algar Telecom, Claro, Vivo, Sercomtel e Claro. Em São Paulo, a TIM ficou abaixo da meta de 95% na Banda larga móvel, com 84,57%; na fixa, a Algar Telecom ficou com 87,30%, enquanto a meta de perda de pacotes era 90%. As demais prestadoras analisadas: GVT, Vivo e NET ficaram acima da meta nos quesitos velocidade instantânea, velocidade média, latência, variação de latência, perda de pacotes; e a NET ficou abaixo dos 90% em disponibilidade.

No Rio de Janeiro, apenas a Nextel e a Oi superaram a meta de 95% do serviço móvel, a Claro, TIM e Vivo tiveram 91,02%, 88,64% e 90,95% de velocidade instantânea, e a Claro foi a única que não atingiu a meta de 90% de disponibilidade. No segmento fixo o mesmo ocorreu com a Oi, que registrou 89,74%, abaixo dos 90% exigidos pela Agência.

Em Santa Catarina, a Vivo não cumpriu a meta de 90% da banda larga móvel, e chegou a 88,59%, enquanto a NET, no segmento fixo, ficou com 75% em relação a disponibilidade do serviço – 15% menos que o exigido pela Agência reguladora.

Em Roraima, apenas a Claro ficou acima dos 95% exigido pela Anatel no serviço móvel; e a Vivo chegou perto de cumprir a exigência, com 94,81% de disponibilidade. A Oi e a TIM ficaram com 39,13% e 40,71% na região. Apenas a Vivo cumpriu a exigência de entregar 70% da velocidade média contratada.

No Rio Grande do Sul, a Claro ficou abaixo dos 95% em velocidade instantânea, e todas as operadoras cumpriram as metas de velocidade média. No segmento fixo,no geral as operadoras cumpriram suas metas. Mas a GVT ficou abaixo dos 90% em perda de pacotes, e a NET e Oi ficaram abaixo dos 90% em disponibilidade.

Em Pernambuco, a Agência analisou as prestadoras Oi, NET e GVT no segmento fixo e todas deixaram a desejar em algum ponto. A NET ficou abaixo da meta de 95% em velocidade instantânea, abaixo dos 90% em perda de pacotes, e também deixou a desejar na disponibilidade, com 31,58%, dos 90% exigidos.  A Oi ficou com 89,64% em latência e 75,83% em perda de pacotes, enquanto a GVT registrou 87,50% de disponibilidade, mas foi satisfatória nos demais quesitos.

Os resultados detalhados estão disponíveis no site da Anatel.

Newsletter

Inscreva-se para receber nossa newsletter semanal
com as principais notícias em primeira mão.