Representante da empresa de segurança, Horus, afirma que o conceito de criptografia de cartões no País ainda é baixo e precisa se tornar prioridade na rede industrial.
O Brasil precisa se prevenir! A frase imperativa está relacionada ao vazamento de dados de 130 milhões de cartões da empresa Heartland Payment Systems e que aconteceu nos EUA. De acordo com a Horus, empresa de controle e prevenção a fraudes em meios eletrônicos de pagamento, algumas dessas vulnerabilidades que proporcionaram a fraude gigantesca no mercado norte-americano estão presentes no Brasil e podem levar a prejuízos com as mesmas proporções.
Conforme indica a Horus, o executivo da Heartland, Robert Carr, explicou as possíveis origens do golpe que vitimou sua companhia e declarou que os fornecedores de cartões de crédito, processadores de pagamentos e varejistas precisam adotar um padrão conjunto de criptografia para proteger os números de cartões de crédito. Ele também aponta que a empresa gastou 32 milhões de dólares no primeiro semestre de 2009 em investigações, advogados e outras despesas relacionadas ao vazamento.
Para o sócio-diretor da Horus, Eduardo Daghum, as revelações do caso Heartland devem servir para intensificar as medidas de precaução no mercado brasileiro. “O ideal é que se critografe completamente os números de contas de pagamentos dos cartões de crédito e débito assim como os dos dados de tarjas magnéticas, para que eles nunca apareçam de forma utilizável no comerciante e nos sistemas de processamento” afirma.
Daghum explica que a criptografia total já é obedecida por algumas redes brasileiras, mas infelizmente ainda não acontece de forma completa em toda a cadeia da indústria de meios eletrônicos de pagamento no país. Recentemente a Horus publicou um estudo mostrando que somente no primeiro semestre o mercado brasileiro de cartões teve um prejuízo superior a R$ 31 milhões com o golpe da clonagem.