Serviços

Brasil é o segundo maior mercado potencial para cloud

Demanda interna só perderia para China.

A demanda brasileira para cloud computing só é menor que a chinesa. “Quando os Estados Unidos entraram em crise, poucos países do mundo cresciam. O Brasil era um deles”, analisa Jason White, gerente de desenvolvimento de tecnologia de negócios da América Latina da HP, em entrevista ao IPNews, após a palestra “Virtualização e Cloud Computing”, que aconteceu nesta sexta-feira (17), último dia da CIAB Febraban, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

O executivo comentou ainda que em seus contatos durante o evento, soube que os maiores bancos investiram dezenas de milhões de dólares em seus data centers, que costumam ser projetados para durar dez anos e em 24 meses seu uso já está no limite.

Ele avaliou ainda que as equipes de TI dos bancos podem fazer atualizações internas anuais, mas os provedores de serviços, com engenheiros debruçados em cloud, realizam updates diários, porém Rodrigo Gazzaneo, da EMC, alerta que cloud virou “hype” antes de seu entendimento e adoção, então analisa que as instituições financeiras poderiam iniciar com nuvens privadas, começando a economizar em escala, “pois os service providers ainda estão preparando ‘o colchão para que seus clientes caiam neles’”.

Cezar Taurion, da IBM, afirmou que cloud muda a entrega de serviços de TI, assim como auto atendimento (ATM) mudou o negócio dos bancos e o e-commerce fez o varejo repensar suas atividades. “Pode ser que em dois ou três anos o Internet Banking supere o ATM no segmento financeiro”, estimou.

Taurion acredita que os bancos possam trabalhar com cloud de três maneiras: SaaS – software as a service, PaaS – platform as a service ou IaaS – Infrastructure as a service, dependendo de suas necessidades e de como migrarão seus data centers. “Internamente com 84% do nosso data center em nuvem, a economia é de $ 33 mi, podemos focar na criação de outros equipamentos e serviços. No JPMorgan, cloud fez diminuir o time to market”.

Para Karen Cone, da Microsoft, a adoção da nuvem vem de encontro ao atendimento ao público mais novo “que não diferencia negócios de tecnologia”. Gazzaneo afirma que cloud “praticamente marca o fim da era do PC: não é um risco e sim uma oportunidade. Empresas que estavam com 600 máquinas e agora estão com 20 tem percebido isso. Vejo o movimento de forma mais ampla, definiria como TI as a Service. A Nyse por exemplo, fez um modelo interessante, de nuvem ‘comunitária’, em que outras empresas da área financeira trocavam informações de forma colaborativa”.

White enfatizou algumas consequências e vantagens desta tecnologia: “os executivos ‘alugarão’ espaço quando precisarem e devolverão quando já não necessitarem. ‘Sobrando’ capacidade, é possível redistribuir internamente nas empresas ou o próprio provedor poderá realocar, o que impacta menos o meio ambiente. No furacão da Flórida quase que as empresas de seguros quebraram: o espelhamento protege os negócios, já que não se compra serviços de TI em situação de pânico. E trabalhar com muitas máquinas e fornecedores antes da nuvem era um pesadelo.”

Newsletter

Inscreva-se para receber nossa newsletter semanal
com as principais notícias em primeira mão.


    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *