
A Buser, startup que faz a intermediação de viagens rodoviárias, pretende instalar mais 600 câmeras com sensor de sensor de fadiga em ônibus de sua frota fixa parceira. Hoje, 200 veículos (cerca de um terço do total) já contam com a tecnologia, mas a ideia é chegar a mais de 800 ônibus com a tecnologia embarcada até dezembro. Com as câmeras, a empresa viu cair em mais de 80% o índice de alertas por conta do uso do celular, por exemplo.
Como mostra uma pesquisa da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o cansaço dos motoristas é uma das grandes causas de acidentes de trânsito, em torno de 42% das ocorrências. Com a inteligência da câmera e o acompanhamento pela nossa central de monitoramento, que intervém toda vez que há um novo alerta, é possível evitar acidentes. A Buser conta que, se for preciso, substitui o motorista e notifica a empresa parceira.
Outro equipamento que já vem sendo instalado nos veículos parceiros e a Buser também vai expandir é a telemetria veicular. O sistema é usado com sucesso para coibir o excesso de velocidade no setor de transporte de cargas há mais tempo. Quando o motorista ultrapassa 90 km/h, um alerta sonoro é acionado, e a startup aplica uma multa à empresa proprietária do ônibus.
No caso da telemetria, os números são positivos: nos últimos cinco meses, os casos de alertas em viagens a partir de 95 km/h caíram 20%, enquanto em viagens acima de 100 km/h a queda foi de 37%.
A ferramenta também permite o acompanhamento geral do ônibus, permitindo saber se já chegou ao destino ou saiu com atraso, se passou do tempo de parada ou até se teve algum problema mecânico. Atualmente, mais de 400 ônibus da rede parceira contam com esse sistema. Com o projeto de expansão, o equipamento estará presente nos mesmos 800 ônibus que também terão a câmera com sensor de fadiga.
As empresas parceiras da Buser não possuem nenhum gasto extra em relação aos equipamentos. A aquisição, instalação e manutenção dos equipamentos são custeadas pela startup. Além disso, as viagens nos ônibus que utilizam esta tecnologia custam o mesmo preço das demais, pois dentro da modalidade fretamento colaborativo o valor é definido de acordo com o volume de passageiros e o rateio do frete.
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