Como de costume, o Febraban Tech 2024 abriu o evento com um painel envolvendo os líderes dos quatro maiores bancos brasileiros – Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, não pode participar. A inteligência artificial (IA) ainda é o mote do evento e foi o principal assunto da conversa, guiada por Isaac Sidney, presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Ele abriu o painel afirmando que o setor financeiro vai investir R$ 47,5 bilhões em tecnologia, sendo que 10% será em segurança.
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Mas não pense que isso deixa de lado iniciativas de IA. Sidney destacou que a inteligência de dados também tem grande importância porque é a base de novos produtos e serviços, com potencial para transformar a experiência do cliente. Será só com essa tecnologia que será possível trazer ofertas mais personalizadas.
Na Caixa Econômica Federal, a IA já trouxe uma transformação. Carlos Vieira, presidente do banco, contou que a avaliação para oferta de crédito imobiliário caiu de três dias para três horas, um benefício direto para o cliente. Além disso, o custo do processo diminuiu em R$ 1 milhão, mais uma vantagem dos processos automatizados.
Milton Maluhy, presidente do Itaú Unibanco, destacou que a IA chegou muito rápida e continua evoluindo rapidamente. Para ele, não pode acontecer uma competição entre quem faz mais inteligência artificial, mas quem entrega a melhor experiência ao cliente. No Itaú Unibanco, mais de 22 mil colaboradores estão trabalhando em metodologias de IA para atender o cliente. “O gestor precisa entender da aplicabilidade da tecnologia no negócio.”
Para Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, o desafio é ter profissionais qualificados para trabalhar com a IA. O banco foi pioneiro ao usar o IBM Watson para desenvolver seu chatbot BIA e agora usa uma metodologia da NASA (a TRL – Technology Readiness Level), uma escala de níveis de maturidade tecnológica, para entender o estágio de suas equipes e trabalhar no desenvolvimento delas a partir disso.
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