
Por Vinícius Mendes (*)
Grande parte das empresas têm migrado para a nuvem, tanto por questão de economia, quanto em questão da facilidade que as aplicações em nuvem oferecem. Segundo pesquisa recente do Gartner, a previsão é que o mercado mundial de serviços de nuvem pública cresça 17% em 2020, totalizando US$ 266,4 bilhões, acima dos US $227,8 bilhões em 2019.
Os motivos para migrar vão desde a mobilidade, com a possibilidade de acessar os dados da empresa de qualquer lugar com escalabilidade, pois os serviços põem ser expandidos de acordo com o crescimento do negócio, tanto em termos de recursos tecnológicos, quanto em número de usuários. Além disso, existe um melhor controle dos riscos – com a nuvem, você não precisa se preocupar com desastres físicos, já que as empresas que prestam esses serviços oferecem a tecnologia em alta disponibilidade.
Apesar de todas essas vantagens, a preocupação com a segurança ainda é um dos pontos cruciais. Por isso, o crescimento dos investimentos em segurança na nuvem também deve saltar dos US$ 12 bilhões em 2019 para US$ 13.8 bilhões em 2020, segundo a mesma pesquisa. Neste sentido, alguns fatores merecem atenção se trata de segurança em nuvem no próximo ano.
1-Violação de Dados
A violação de dados ainda é a preocupação principal da segurança, já que os dados são um bem cada vez mais valioso. Garantir a privacidade e a segurança dos dados pessoais é a peça chave quando se fala de data center, seja ele interno ou na nuvem. O tema ganha mais força com as legislações de privacidade que estão se firmando no mundo, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia, e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que está para entrar em vigor no Brasil. Uma violação de dados tem um impacto não só financeiro, com as multas aplicadas por essas legislações, mas também na reputação das organizações.
2-Criptografia
Uma maneira de reforçar a segurança dos dados é pela da criptografia. A criptografia garante que, em caso de vazamento de informações, essas informações não possam ser identificadas, anulando o impacto do vazamento.
3- Capacitação
A demanda por profissionais de segurança capacitados continua a exceder a oferta. Apesar da nuvem ser uma solução para esse problema, já que boa parte do serviço passa a ser terceirizado, ainda há a necessidade de bons gestores de segurança na empresa para gerenciar o negócio.
4- Compliance
Atender ao compliance tanto interno da empresa, quanto das regras geográficas é essencial quando se fala em segurança na nuvem. Principalmente quando se trata das leis regulatórias de proteção de dados. É preciso saber onde seus dados estão sendo acessados e quais as regras daquela determinada região.
5- CASB – Cloud Access Security Broker
Para uma boa gestão contra os vazamentos de informação em nuvem sancionada ou não sancionada, o CASB é essencial. Ele monitora o comportamento padrão dos usuários e estabelece políticas de segurança baseadas em diferentes níveis de risco. Ele agiliza a capacidade de identificação de quem acessou e alterou o dado, a origem que o acesso aconteceu, quando isso aconteceu e como foram acessados.
Em suma, as tendências para a segurança na nuvem estão voltadas para as técnicas de proteção dos dados e do acesso à rede com ferramentas modernas e ágeis, aliada à gestão nas multiplataformas. No entanto, o compliance é uma das questões críticas para 2020, já que as empresas brasileiras devem se preparar para o LGPD tanto para atuar localmente quanto para aquelas empresas com parceiros internacionais.
(*) Vinícius Mendes é diretor regional de vendas da Netskope
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