Foi um pouco contra a vontade da matriz que, no primeiro semestre de 2018, Aníbal Ulisses Coral, arquiteto de Infraestrutura de TI da Mercedes-Benz, instalou nove nós de infraestrutura hiperconvergente Nutanix em um cluster no data center da empresa em São Bernardo do Campo (SP). A implementação tinha um objetivo prático, rodar uma nova aplicação Oracle, mas acabou servindo de suporte para qualquer iniciativa de inovação da Mercedes-Benz no Brasil.
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Com a infraestrutura, a montadora conseguiu ter maior performance. Ao instalar o Linux em uma máquina virtual, por exemplo, o processo leva cinco minutos, coisa que precisa de 25 minutos para acontecer no ambiente legado. “Os testes indicam que o desempenho é promissor”, diz Coral.
Com base nisso, a expectativa é que as áreas de engenharia e produção comecem a sentir a diferença agora, “porque a operação DevOps começou a rodar na hiperconvergência recentemente”, diz o arquiteto. “O desenvolvimento de aplicações, seus testes e homologações, já começaram a ser mais rápidas”, completa.
O ideal é que o ambiente Nutanix possa trazer mais velocidades para adotar novas soluções e inovar no processo produtivo. Conforme a Mercedes-Benz avança com sua estratégia de Indústria 4.0, Coral vê que servidores passam a virar gargalos. Com isso, o papel da hiperconvergência pode aumentar, trazendo sua automação ao suporte da TI. “O foco, no entanto, é entregar mais aplicações para os nossos processos”, diz ele.
Hiperconvergência na marra
Adotar hiperconvergência não era um desejo novo de Coral, que já havia solicitado a implementação de Nutanix quando a empresa migrou seu ERP para o SAP S/4HANA. A matriz na Alemanha, no entanto, tem uma política rígida que exigia que o novo ERP fosse implementado na infraestrutura tradicional, o que atrasou os planos do arquiteto.
Quando surgiu a oportunidade de investir em um novo ambiente, Coral não teve dúvida e partiu para uma solução 100% Nutanix, incluindo hardware, software e a solução de máquinas virtuais Acropolis. Esta última, ele implantou “escondido” e só foi avisar a matriz três meses depois. A operação brasileira, então, passou a ser uma forma da Mercedes-Benz homologar a solução.
A escolha por um projeto só com Nutanix veio pela facilidade de um suporte único, bem como a economia de custos com a adoção do Acropolis, que teve sua licença incluída gratuitamente na compra. Outro benefício foi o gerenciamento do ambiente, que é mais simples e só demanda uma única pessoa, no caso, o próprio Coral.
A solução Oracle, no fim, passou para o ambiente legado. Na hiperconvergência, o arquiteto deixou rodando Kubernetes, parte do Hadoop e o DevOps. Com a nova infraestrutura, Coral ainda espera poder implementar templates de máquinas virtuais com quantidade de memória e de CPUs já estabelecidas. “Podemos deixar 16 GB e oito CPUs para que o RH use à vontade para projetos individuais. A intenção é que qualquer inovação passe a ser implementada no ambiente Nutanix”, conclui.
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