Empresa coleciona casos de sucesso com infraestrutura subterrânea e é taxativa ao calcular que o investimento inicial compensa o custo operacional desse método.
Operadora e prestadora de serviço de instalação de redes, a Junto Telecom entende que enterrar a fibra óptica significa reduzir custos com manutenção e ampliar a disponibilidade de serviços aos clientes. Com os investimentos próprios em construção de rede, parcerias com empresas de rede elétrica e swap’s com outras operadoras, a empresa administra hoje cerca de 30 mil km de redes ópticas, distribuídas por vários Estados.
Sulamericana do setor de energia compra operadora de fibra óptica
Um exemplo está entre Palmas e Taguatinga (TO). Trata-se de uma rede de 650 km, dos quais os primeiros 100 km receberam rede aérea. “Perdemos 30% dessa rede em apenas quatro meses de utilização em decorrência de queimadas, vandalismo e rompimentos de diversas naturezas”, diz Gleida Conde, gerente de engenharia e rede externa da empresa. A solução foi reimplantar o trecho, mas de modo subterrâneo. “De pronto, nesse percurso, a disponibilidade aumentou e eliminamos a manutenção em 60%”, afirma ela.
A experiência positiva foi rapidamente replicada e hoje a Junto Telecom está enterrando os outros 550 km de redes no Tocantins. Já em Porto Velho (RO), foram 23 km de nova infraestrutura de fibra óptica subterrânea.
Pela experiência acumulada com esses e outros casos de sucesso, Gleida é taxativa a favor da rede subterrânea de telecomunicações. Segundo ela, isso ficará claro na infraestrutura da empresa nos próximos anos, pois o trabalho atual é para que a representatividade 80% a 20% das redes aéreas, seja o mais rapidamente invertida.
“Entendemos que é vantajoso investir um pouco mais na implementação da rede subterrânea e recuperar esse investimento reduzindo a demanda por manutenção e insatisfação do cliente”, diz ela. “Em suma, não adianta ter 600 km de rede expostos a queimadas, vandalismo, acidentes e outras interferências semanalmente”, completa.
Sucesso de projeto foi apoiado por escavadeiras
Gleida conta que foi utilizado o método de escavação tradicional e contaram com uma perfuratriz direcional (HDD) D9X13, fabricada pela Vermeer, para vencer obstáculos como travessias de pontes e viadutos, galerias pluviais, rodovias e instalações em trechos urbanos.
Ela salienta que 10% dessa rede está sendo implantada pela perfuratriz direcional. Nesse caso, lembra Gleida, somente a perfuratriz direcional instalou 5 quilômetros de cabeamento. “Essa é uma área urbana, onde é inconcebível utilizar uma escavadeira para abrir vala e obstruir as vias de alto tráfego”, pontua ela.
Recentemente, a Junto Telecom adquiriu uma valetadeira T755 da Vermder e estuda a aquisição de instaladores de cabos e outras valetadeiras, que devem otimizar ainda mais os processos de implantação de fibra óptica enterrada.
Compartilhamento é tendência
Sobre o mercado de telecomunicações, Gleida enxerga como tendência o formato de compartilhamento de infraestrutura, já que não faz sentido cada operadora instalar um cabeamento diferente em cada lugar. “Eles podem compartilhar a infraestrutura e essa tem sido uma tendência que tanto a operadora Junto Telecom tem adotado quanto a empresa de engenharia Junto Telecom tem atendido na instalação de cabeamentos para operadoras de grande e pequeno porte conjuntamente”, explica a especialista.
Esse contexto, segundo ela, é mais um reforço de que a alta demanda por instalação de fibra óptica deve continuar nos próximos anos e a Junto Telecom está se preparando para ter a máxima participação possível nesse mercado.