Operação 100% IP da empresa atende às cidades de Uberlândia (MG), sede da empresa, São Paulo e Franca (SP). Operadora quer se diferenciar a concorrência oferecendo serviços gerenciados e conexão multimídia também para pequenos e médios usuários.
Entre as operadoras pioneiras no mundo a ativar redes de próxima geração (NGN), a mineira CTBC inaugurou há três meses a sua oferta na capital paulista, onde já possui dois clientes, um deles o call center Daleth, noticiada com exclusividade pelo IPNews. A estratégia da empresa a partir de agora é apresentar ao mercado uma oferta diferenciada de conexão em banda larga integrada à oferta de voz e outros serviços, principalmente ao segmento de pequenas e médias empresas (SMB).
Marcio Estefan, diretor da regional São Paulo da CTBC, acredita que esta oferta diferenciará a CTBC dos demais provedores, especialmente as incumbents que hoje estão muito focadas em clientes de grande porte.
Um cliente-alvo são as operadoras de call center, para quem a CTBC pretende oferecer além da infra-estrutura de comunicação, os serviços de instalação e gerenciamento das posições de atendimento. “O posicionamento da CTBC é trazer para as médias empresas uma oferta de valor que somente as grandes possuem hoje, ou seja, um serviço que vai desde a instalação e o gerenciamento da infra-estrutura, até a oferta de conexão à internet, os serviços de voz e a infra-estrutura em geral”, diz o executivo.
A NGN é a proposta de evolução das atuais redes de telecomunicações centradas em voz para redes centradas em dados. A CTBC planeja substituir integralmente a rede atual por uma NGN até 2012, trocando 23 centrais telefônicas nodais, que são respondem pelo redirecionamento da transmissão de dados e voz.
A substituição da rede começou em São Paulo (capital e Franca) e já contempla Uberlândia, onde está a sede da CTBC. Com a NGN, os clientes da operadora podem integrar voz e dados no mesmo link de comunicação, trafegando as informações em SIP – Session Initiation Protocol (Protocolo de Inicialização de Sessão), que substitui o E1 e permite que a rede local seja ligada a múltiplos pontos sem a necessidade de conversores.
“Hoje pegamos uma porta Ethernet e espetamos diretamente em um PABX que pode estar em outra cidade. Na nova infra-estrutura, o conversor (roteador) de rede IP para rede determinística deixa de existir”, explica Estefan.
Com 9.000 quilômetros de fibra óptica, a rede da CTBC em São Paulo é baseada no padrão Metro Ethernet, com equipamentos Huawai. “Entregamos IP nativo para os clientes”, comemora o executivo, para quem a solução oferece ganho de escala justamente por eliminar elementos intermediários na rede. “Há também menor custo e menos pontos de interferência”, completa.