Tecnologia pode ser o grande diferencial após as competições.
O estado do Rio de Janeiro, assim como o resto do país, se prepara para receber dois megaeventos esportivos em menos de dois anos – a Copa do Mundo, agora em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016. A possibilidade de acolher as duas principais competições mundiais gera oportunidades e desafios não só para as cidades como também às empresas.
Dessa forma, sediar esses eventos exige o desenvolvimento não só de infraestruturas urbanas, como rodovias, transportes públicos, aeroportos e construção civil, mas também possibilita o crescimento de empresas de todos os portes e segmentos. E como base para sustentar toda essa movimentação, investimentos em tecnologias e telecomunicação são tão necessários como a construção de qualquer espaço físico.
Considerando essas oportunidades, existem centenas de companhias que estão se adequando para prestarem seus serviços e oferecerem seus produtos durante tais eventos. Para que colham frutos reais, é fundamental que os empresários enxerguem além de sua oferta e tenham consciência da importância de uma gestão eficiente de seus negócios, com o uso da tecnologia a favor do seu crescimento.
Para se ter ideia de sua relevância, um estudo realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologias da Informação e Comunicação (Brasscom) prevê investimentos para a realização da Copa do Mundo e da Olimpíada na ordem de R$ 57 bilhões. Tal aporte está relacionado com as exigências em relação à infraestrutura de TIC, como redes entre todos os locais, suporte a dados e áudio, serviços de voz, vídeo, streaming (transmissão de informação multimídia) e gestão dos sistemas e suporte.
Ao pensarmos nesses megaeventos, nos vem rapidamente a mente a consolidada indústria da construção, grandes companhias de transporte e redes internacionais de hotéis. Com isso, é fácil entender a relevância destes aparatos tecnológicos para que a Copa e as Olimpíadas aconteçam. Porém, será que as pequenas e médias empresas também precisam e estão se estruturando adequadamente para atender, com qualidade, o fluxo de possíveis compradores de seus produtos e serviços?
As oportunidades se estendem também para esses pequenos empreendedores, independentemente do setor de atuação, que fornecem produtos e serviços para que os eventos aconteçam. Por isso, o preparo é fundamental também para tais players.
Assim como para as grandes companhias, a adoção de sistemas de gestão para controle do negócio é essencial para que os pequenos e médios empresários possam se organizar, suportar todas as demandas e terem vantagens competitivas.
O uso de tecnologia adequada maximiza não só o sucesso dos negócios durante tais eventos, mas oferece todo o suporte para um real crescimento orgânico póstumo. Com a implementação de um ERP, por exemplo, as empresas passam a ter todas as informações integradas de seus processos. Com isso, é possível visualizar, instantaneamente, dados sobre estoque, controle de pedidos, venda, compra, produção, resultados financeiros, itens fiscais, gestão de fluxo de trabalho, recursos humanos, gestão de relacionamento com o cliente, controle de qualidade, entre outros indicadores.
O momento é propício para que cada empresa, seja ela de qualquer tamanho ou segmento de atuação, aproveite esses eventos para organizarem sua gestão. Desta forma, passam as competições esportivas, mas fica o legado duradouro do negócio.
*Celso Matoso é diretor regional da TOTVS Rio. Graduado em Engenharia Civil, pela UERJ e com mestrado em Engenharia de Produção, pela PUC RIO, Matoso possui também MBA em Finanças e pós-graduação em Marketing Corporativo