Estudo realizado pela Global Intelligence Alliance aponta que, nas práticas de IC, a média mundial das empresas se encontra no nível intermediário, enquanto o mercado latinoamericano ainda está no básico.
Durante a 11° Conferência Anual de Inteligência Competitiva, realizado pelo IBC, Thomas Rideg, diretor geral para a América Latina da Global Intelligence Alliance, empresa global de Inteligência de Mercado e consultoria estratégica, apresentou os principais resultados do Estudo ‘2009 Global Market Intelligence Survey e as Perspectivas Futuras’, realizado pela empresa.
No mercado latinoamericano, a pesquisa foi realizada com 724 respondentes. Desses, 287 não possuem uma função sistemática na área, enquanto 457 possuem. “Na região, os principais setores que participaram foi o de tecnologia, telecomunicações, manufatura e farmacêutico”, conta Rideg.
De acordo com a pesquisa, os principais argumentos dessas empresas para ter um setor consolidado de IM são: contar com melhor recursos para a tomada de decisão, custo e economia de tempo, eficiência na disseminação da informação, gestão de riscos e melhor orientação de novos funcionários.
Os principais motivos apontados pelas que não possuem a função sistemática na empresa em que atuam (257) foram: a empresa é muito pequena; falta de um sistema apropriado; é muito complicado, e já possuem as informações que precisam.
Rideg conta que com base em cinco pilares – processos, organização, escopo, tool (ferramentas), e deliverables (entregáveis), foi identificado o nível profissional dos respondentes, que se dividiram em: nível 1 (bombeiros); nível 2 (iniciantes); nível 3 (intermediários); nível 4 (avançado) e nível 5 (world class; futuristas).
A média global das empresas está no nível 3 (intermediário), que tem como principais características: tem uma pessoa totalmente dedicada à Inteligência, tem um controle forte de mercado, e a cultura da área já tem um dissenimento médio ou alto na companhia. Já a média das empresas na América Latina está no nível básico, sendo que a maior barreira enfrentada é a disseminação da cultura da área na empresa.
“Na pesquisa, também identificamos pontos importantes, como: para a maioria das empresas, a área de Inteligência não é importante apenas para identificar oportunidades, mas também para detectar ameaças; a recessão econômica favoreceu a importância da área nas empresas; ter um setor de IM organizado aumenta a confiança de toda a equipe”, diz Rideg.
Segundo o executivo, na América Latina as empresas estão confiantes quanto ao futuro e ao aumento dos investimentos na área, e o Brasil está a frente dos outros países da região quando se fala em Inteligência. “Já os desafios são fazer o cliente entender a importância do setor e entregar análises estratégicas em cima dos dados, e não só números”, finaliza Rideg.