
O White Paper para o Desenvolvimento do 5G Advanced (5G-A) no Brasil, documento produzido pela Huawei em parceria com a Softex e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), apresenta novas oportunidades de geração de valor para o 5G-A, destacando formas de aumentar a receita das operadoras e melhorar a eficiência operacional. A monetização do 5G-A poderá ser baseada em novos modelos de negócios, maior diferenciação de serviços e expansão para o mercado B2B.
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Segundo o documento, o 5G-A permite que operadoras criem novas fontes de receita, indo além da cobrança tradicional por volume de dados. As principais estratégias incluem uma o oferta baseada na experiência do usuário (QoE – Quality of Experience) e na expansão do mercado de Fixed Wireless Access (FWA).
Na primeira opção, a sugestão é a criação de planos premium diferenciados por qualidade de serviço (QoS), velocidade e latência garantida. Exemplos podem ser a monetização via “network slicing” para oferecer pacotes exclusivos para gamers, streaming 8K e realidade aumentada e virtual (AR/VR). A ideia aqui é oferecer maior qualidade para garantir latência ultra-baixa e maior taxa de uplink, quesitos técnicos essenciais para gamers.
Já as ofertas de FWA podem ser otimizadas com o 5G-A, garantindo que esse serviço seja uma alternativa real à fibra óptica em áreas urbanas e remotas. As operadoras podem lançar planos de internet residencial e corporativa via 5G-A, reduzindo custos de infraestrutura fixa, além de oferecer planos flexíveis e garantia de estabilidade para pequenas empresas.
Otimização de rede e mais inovação nos serviços
O relatório ainda aponta que o 5G-A suporta inteligência artificial (IA) para otimizar redes e criar novos serviços baseados em machine learning. Com esses recursos, as torres de telecomunicação podem trazer economia em custos de energia ao desligar células de rede automaticamente em horários de menor tráfego.
Além do mais, com a maior automação da operação da rede, é possível reduzir a necessidade de intervenção manual. As operadoras poderão fazer diagnósticos automáticos de falhas e realizar ajustes dinâmicos na rede para melhorar o desempenho sem intervenção humana.
A Huawei também diz que o 5G-A tem potencial para trazer mais inovação nos serviços a partir da:
- Expansão de redes privadas B2B: O mercado B2B será um dos maiores impulsionadores do 5G-A, com redes privadas para fábricas, hospitais, portos e aeroportos, e modelos de assinatura podem surgir para garantir infraestrutura dedicada e SLA garantidos. Exemplo: Redes privadas para indústrias automatizadas que exigem conectividade estável e baixa latência.
- Crescimento da IoT passiva e dispositivos conectados: O 5G-A suporta IoT massivo, permitindo a conexão de câmeras HD, sensores industriais, relógios inteligentes e dispositivos médicos. Assim, operadoras podem criar modelos de receita baseados em conectividade por dispositivo. Exemplo: Cidades inteligentes com sensores conectados via 5G-A, gerando dados em tempo real.
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