Crimes virtuais também são cometidos por ex-colaboradores.
Para evitar riscos de segurança, as empresas gastarão cerca US$ 491 bilhões em 2014, segundo a Microsoft, e US$ 363,6 bilhões podem ser investidos para resolver falhas e recuperar perdas de dados.
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O advogado especialista em propriedade intelectual e sócio do escritório ZCBS Advogados, Benny Spiewak, afirma que muitos crimes virtuais contra empresas, públicas ou privadas, são cometidos por ex-funcionários ou colaboradores terceirizados. “Em geral, as empresas se preocupam muito pouco com os padrões de acesso e de utilização de dados corporativos e também ignoram a importância de políticas internas de segurança da informação. Desatenção que poderá, rapidamente, se tornar negligência”, afirma.
Na opinião de Spiewak, casos de concorrência desleal envolvendo antigos colaboradores (ou até atuais, em algumas situações) para prejudicar negócios de concorrentes são comuns. “Indícios e alegações de fraude são pouco sustentáveis perante o Judiciário brasileiro, que tende a buscar provas e demonstrações reais e muitas vezes irrefutáveis das práticas ilegais”, alerta.
O especialista alerta que colaboradores e empresários estejam atentos aos dados sensíveis, estabeleçam políticas de segurança, e os colaboradores devem ter em mente que “são remunerados para produzir conteúdos que deverão ser incorporados à propriedade da companhia, assim como um arquiteto contratado para executar um projeto de uma casa e não leva embora depois que esta foi concluída”.
Os gestores devem dar exemplos, cumprir regras e exigir o cumprimento e, se necessário, treinar a equipe sobre os procedimentos da empresa.