*Por José Antônio
Mensurar a relevância da conectividade no mundo de hoje pode parecer utópico. Afinal, chegamos a um patamar de quase obrigatoriedade para a conexão de rede como um meio de se conduzir o cotidiano, seja em nossas residências, no trabalho, ou em qualquer outra esfera que exija uma comunicação agilizada e assertiva. Isso posto, seria natural que o tema avançasse sobre o setor público como um alicerce de novas possibilidades, afetando setores essenciais, como é o caso da educação e da saúde. Em suma, não há dúvidas de que a conectividade pode, sim, ser abordada como um tema de importância cívica.
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Para tanto, é necessário ir a fundo em como o acesso a redes de internet se relaciona com serviços públicos de alta demanda. E mais: qual é o papel das autoridades em assegurar que todas as estruturas construídas mantenham um bom nível de funcionamento, com suporte eficaz e uma qualidade à altura do interesse público. Dentro desse contexto, a atuação de gestores e lideranças responsáveis, em termos municipais, estaduais e federais, deve estar em sinergia com uma prestação de serviços orientadas à excelência digital, utilizando de dispositivos reconhecidamente prestigiados.
Quando falamos em conectividade e seus reflexos em sociedade, estamos lidando de forma direta com a vida de milhares de pessoas. Experiências enriquecedoras com plataformas digitais significam oportunidades aproveitadas, o que só concede ainda mais valor ao investimento em soluções que materializem esse potencial em ganhos reais.
Dentre tantos diferenciais que credenciam o assunto como uma das tendências emergentes no Brasil e ao redor do mundo, a extensão das contribuições proporcionadas pela conectividade, de certo, é um de seus maiores destaques. Na educação, pode ser configurada por escolas conectadas, aproximando professor e aluno em novos modelos de aprendizado, seja à distância ou em sala de aula. Para o ensino público, um caminho por vias digitais abre portas para a utilização de recursos online para otimizar processos, simplificar a vida de profissionais da área e disponibilizar aos estudantes o que existe de mais positivo no universo tecnológico.
A chamada digitalização do sistema de ensino, defendida por muitos especialistas, não só traz facilidades, como possibilita a formação de cidadãos capacitados em uma linguagem digital. Além disso, em muitas discussões referentes ao tema, tem-se enfatizado a importância de estabelecer um equilíbrio entre o ambiente digital e o ambiente físico de aprendizado, criando assim um modelo híbrido. Nesse modelo, a tecnologia é vista como uma ferramenta que complementa o ensino presencial, permitindo uma abordagem mais flexível e adaptativa, que valoriza a interação humana enquanto aproveita os benefícios das plataformas digitais. Essa abordagem híbrida busca oferecer aos estudantes uma educação mais abrangente, que combine o melhor dos dois mundos e prepare os cidadãos para o futuro, onde a competência na linguagem digital é essencial.
Evidentemente, em paralelo à teoria, é preciso agir para superar obstáculos historicamente presentes em nossa estrutura educacional. Há de se pavimentar um terreno propício à inovação, com políticas que estimulem a inclusão digital e considerem regiões remotas de nosso país. De fato, temos bastante a evoluir nesse sentido, mas o futuro é inegavelmente promissor.
O mesmo vale para a área da saúde pública. Atualmente, o aprimoramento do atendimento e a comunicação de órgãos de saúde com a população tem origem na conectividade. Se por um lado, a dificuldade do acesso a serviços de saúde perdura como um entrave a ser superado, a tecnologia pode e deve ser empregada como um meio para universalizar o segmento. Sendo mais específico, é possível respaldar o cidadão com ferramentas informatizadas, de modo que ele tenha autonomia para acompanhar procedimentos, marcar consultas ou sanar questionamentos – de qualquer lugar e a qualquer hora.
Concluindo o artigo, entendo que a conectividade possui uma aplicabilidade vasta e escalável a ser reproduzida no âmbito público. Apontei exemplos contundentes e que conversam com necessidades marcantes de nosso país, mas é possível ir além, sempre em concordância com o bem coletivo e um compromisso inegociável com serviços de máxima qualidade. *José Antônio Soares é Diretor Comercial de Governo na WCS Conectologia.
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