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Consumidores se preocupam com riscos do uso de software pirata

Microsoft divulga resultados de estudos elaborados pela TNS, com 38 mil consumidores em 20 países, e pelo instituto Prince & Cooke, com 3.650 pequenas e médias empresas em 12 países da América Latina.

 

Um em cada dois consumidores se preocupa com a perda de informações e ataque de vírus devido ao uso do software não genuíno. É o que aponta o estudo global realizado, a pedido da Microsoft, pelo instituto de pesquisas TNS, com 38 mil homens e mulheres de 20 países, incluindo o Brasil. Uma segunda pesquisa, também encomendada pela Microsoft, e desenvolvida pela Prince & Cooke, com 3.650 pequenas e médias empresas da América Latina, mostra que 68,6% das PMEs entrevistadas já sofreram ataques de vírus, falhas e problemas em seus sistemas causados por softwares piratas.

A divulgação das duas pesquisas faz parte da agenda mundial de ações da Microsoft para educação e proteção do consumidor sobre danos da pirataria. A iniciativa engloba as atividades do Consumer Action Day, ação mundial que busca chamar a atenção do mercado para o problema do software não genuíno.

“Acreditamos que é nosso papel apoiar a conscientização dos consumidores sobre como eles podem se proteger dos prejuízos da pirataria”, afirma Eduardo Paranhos, Consultor Legal da Microsoft Brasil. “Quando o consumidor adquiri um software não genuíno ele fica mais exposto a riscos como vírus, trojans, perdas de dados e invasões de sistemas”, destaca o executivo.

O estudo da TNS foi realizado no período de setembro e outubro de 2010 com os 38 mil consumidores. O resultado provou que globalmente os consumidores sabem os riscos reais de utilizar o produto ilegal e que eles concordam que o software não original não é tão seguro quanto o genuíno. De acordo com a pesquisa, 70% dos consumidores mundialmente acreditam que o software genuíno é mais seguro, mais estável e mais fácil de fazer atualizações.

Enquanto os consumidores fazem sua parte, reportando software pirata, eles também esperam que os governos e as indústrias procurem amenizar o problema. A pesquisa aponta que 75% dos entrevistados concordam que os consumidores precisam encontrar caminhos para se proteger da venda ilegal de software.

Os dados da pesquisa confirmam um recorrente tema das reclamações registradas pela Microsoft no website “How to Tell”. Mais de 300 mil consumidores desde 2005 indicaram detalhes de como os softwares ilegais infectaram seus computadores com vírus e malware ou, ainda, como seus computadores simplesmente não funcionavam de forma adequada.

“As relações de consumo ganham cada vez mais relevância, sendo uma das causas do pujante crescimento econômico brasileiro, cada vez mais inserido no comércio global. Atualmente, há a ascensão de novas classes sociais ao mercado de consumo, sendo necessário aperfeiçoar a informação e as práticas das empresas, para que tal inserção seja efetivada de modo sadio e sustentável, sem abusos ou enganosidades”, destaca Roberto Pfeiffer, Diretor Executivo do Procon-SP. “Um objetivo comum e primordial é a coibição ao comércio ilegal de produtos, que prejudica tanto quem os adquire quanto as empresas que cumprem a lei.”

Pequenas e Médias Empresas

O estudo desenvolvido pela Prince & Cooke em 12 países da América Latina e Caribe, em outubro de 2010, teve como objetivo mostrar a realidade do uso de softwares não licenciados, como os riscos da pirataria no segmento de pequenas e médias empresas na região.

Segundo o estudo, 68,6% das PMEs entrevistadas sofreram ataques de vírus, falhas e problemas em seus sistemas. Além disso, 13,6% haviam sofrido danos de informações sensíveis ou de valor, e 17,4% sofreram falhas críticas, que foram responsáveis pela suspensão das atividades.

Dos 12 países pesquisados, apenas 15% daqueles que tiveram problemas com o software são capazes de identificar um valor aproximado de perdas. No entanto, a percepção destes custos não é menos interessante: 39% das PMEs na América Latina e Caribe acreditam que estas perdas estão entre médias e altas. O valor estimado das perdas monetárias para os problemas ou falhas no software, mostra uma distribuição eqüitativa de prejuízos devido a ataques de vírus e os custos de reparo do PC.

A pesquisa mostrou também que 73% das empresas que utilizavam programas irregulares teriam sido vítima de um ataque cibernético no ano passado, e 35% dos ataques foram considerados efetivos. Todas as pequenas e médias empresas entrevistadas consideraram que sofreram perdas devido à paralisação resultada, do roubo de informação que poderiam identificar pessoalmente os clientes ou funcionários, além da perda de informações referente a dados financeiros.

O estudo da Prince & Cooke (2010) mostra que as PMEs da região estão entre as que mais sofrem com os riscos da utilização de vírus de software ilegal ou exposição cibernética (60,7%) e perda de informação por falhas no sistema (53,6%). Além disso, as despesas inesperadas ou software de reparação (50,2%) e falhas no sistema que afetam a produtividade (44,1%) também apresentam níveis elevados de importância.

De acordo com o sétimo Estudo de Pirataria mundial realizado pela BSA-IDC (2010),  63% dos programas de software na América Latina é ilegal, um número que ainda está acima de 43% da pirataria mundial. A taxa de programas piratas no Brasil, segundo o mesmo estudo, é de 56%.

“Os esforços para a diminuição da pirataria de software no Brasil vem alcançando bons resultados, com a diminuição de quatro pontos percentuais entre 2005 e 2009. Mesmo assim, a taxa de pirataria de software no País ainda é alta, com o índice de 56% registrado em 2009”, afirma Jorge Sukarie, vice-presidente do Conselho da Associação Brasileira de Empresas de Software – ABES. “A pirataria de software traz prejuízos para toda a sociedade e não apenas para o setor. O país perde com a arrecadação dos impostos, com a diminuição de empregos que poderiam ser gerados não só pelo segmento, mas também por setores correlacionados e, ainda, com a associação da pirataria com a criminalidade”.

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