Análise Setorial

Cresce a procura por Gestores Independentes no mercado Private Banking

Levantamento destaca as principais mudanças, exigências e o comportamento de aplicadores com mais de R$ 3 milhões alocados em um único banco.

Diante da redução do nível de certeza sobre a competência das instituições financeiras sobre a orientação de investimentos, o mercado de Private Banking apresenta um crescimento promissor na demanda por Gestores Independentes (GI’s) e outros administradores financeiros. De acordo com estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Fractal, houve um aumento de 9,8% na procura por este tipo de profissional que é utilizado por 20,3% dos entrevistados. O gestor passou a ser visto com maior importância nas tomadas de decisões para investidores com pouco conhecimento técnico das aplicações ou sem tempo para geri-las.

“Este fato se estendeu ao Brasil e colocou em questão o conhecimento dos bancos sobre o desempenho da economia mundial, e avaliações de incertezas financeiras, inclusive sobre as operações que ofertam e executam a seus clientes”, diz Celso Grisi, diretor-presidente do Instituto de Pesquisa Fractal.

Os clientes Private Bankings (PB’s) procuram rentabilidade e eficiência na gestão, bem como o envolvimento dos gestores com a administração de seu patrimônio, e que sejam cada vez mais racionais em relação às análises sobre os resultados alcançados no gerenciamento das fortunas.

Para 15,5% dos entrevistados, a atuação do GI traz um leque de diversidades e opções de orientações que superam os gerentes. No entanto, 6,4% afirmam que o diferencial da categoria está na identificação de oportunidades do mercado com capacidade de mensurar riscos.

O percentual de investidores que atualmente mantém aplicações em investimentos de uso, em empresas, e aplicações de baixo risco no Brasil deve ser reduzido. Por outro lado, o percentual de aplicadores em investimentos em ativos de rendimento e aplicações no exterior deve crescer. “A queda dos juros prejudica a remuneração de seus investimentos no Brasil, porém a instabilidade política e econômica tem provocado a redução da previsibilidade e desestimulado investimentos empresariais”, completa Grisi.

Em média, 28% dos ativos (do total do patrimônio) dos entrevistados estavam alocados em ativos de uso. No entanto, 35,3% estavam concentrados em aplicações financeiras de baixo risco no Brasil, enquanto 30% permaneciam em investimentos em empresas.

Dos entrevistados que declararam investimentos em ativos de rendimento, 57,1% reservaram até 19% de seu patrimônio nesse tipo de ativo. É possível observar a preferência pela utilização dos imóveis como estratégia de investimentos por parte dos entrevistados. Do total, 79,4%, preservaram investimentos em imóveis, mas sem ultrapassar 19% de seu patrimônio total.

Tendências no mercado

Segundo o estudo, os setores de varejo, agronegócio, indústria farmacêutica e imobiliária, transporte, saúde, educação, entre outros, serão os principais segmentos da economia em que o desenvolvimento deste mercado será eminente.

Dentre os objetivos para os próximos anos, a pressão por maior rentabilidade, bem como a recuperação de perdas passadas e o desejo de expansão do valor real da fortuna são destaques no setor. Ao mesmo tempo, riscos mais elevados deverão ampliar a sensibilidade aos preços dos serviços prestados.

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