Pesquisas

Cresce o número de "ciberguerras" no mundo

Segundo o 5º Relatório Anual da McAfee sobre Criminologia Virtual, Estados Unidos, Israel, França, China e Rússia estão "ciberarmados", o que coloca as infraestruturas críticas em risco. Segundo o relatório, a "ciberguerra" já é uma realidade.

A McAfee divulgou o 5º Relatório Anual sobre Criminologia Virtual, o qual afirma que a corrida das ‘ciberarmas’ não é mais ficção. O levantamento aponta que os ataques com motivação política aumentaram, e cinco países (Estados Unidos, Rússia, França, Israel e China) estão armados agora com ciberarmas.

O relatório deste ano identifica:

• A ciberguerra é uma realidade – No ano passado, o aumento dos ciberataques com motivação política gerou maior precaução com alvos norte-americanos que incluem a Casa Branca, o Departamento de Segurança Nacional, o Serviço Secreto e o Departamento de Defesa dos EUA. Os Países passaram a desenvolver ativamente recursos contra a ciberguerra e estão envolvidos na corrida das ciberarmas, visando proteger redes governamentais e infraestruturas críticas. O resultado de um ciberataque dessa natureza pode resultar em danos físicos ou perda de vidas, pois esta não é só uma guerra entre computadores e pode causar uma devastação real.

• Ciberarmas visam infraestruturas críticas – os atacantes não estão apenas criando ciberdefesas, mas ciberataques, visando infraestruturas como redes elétricas, transportes, telecomunicações, o setor financeiro e o fornecimento de água, porque os danos podem ocorrer rapidamente e com pouco esforço. Na maioria dos países desenvolvidos, a infraestrutura crítica está conectada à Internet e não tem funções adequadas de segurança, deixando essas instalações vulneráveis a ataques. Sem a proteção adequada combinada com a falta de preparação, um ataque a essas infraestruturas seria prejudicial e causaria mais destruição do que outros ataques ocorridos anteriormente.

• O cibercrime é indefinido – A ciberguerra envolve tantos participantes diferentes de tantas maneiras distintas que as regras de participação não estão claramente definidas. Além disso, há uma discussão sobre até que ponto é responsabilidade das empresas em proteger e conscientizar seus funcionários sobre a prevenção de ciberataques. Sem uma definição adequada, é quase impossível determinar quando uma resposta política ou um tratamento de ação militar será garantido.

• O setor privado corre o maior risco – A infraestrutura crítica pertence ao setor privado em muitos países desenvolvidos, tornando-o um grande alvo para a ciberguerra. E o setor privado confia no governo para evitar os ciberataques. Se começar um “tiroteio virtual”, os governos, as empresas e os cidadãos poderão ser atingidos no fogo cruzado. Sem conhecer a estratégia de ciberdefesa do governo, o setor privado não consegue ser proativo e tomar as precauções adequadas. Por isso, os especialistas estão convocando para uma discussão pública sobre a ciberguerra, para colocar tudo às claras.

"A McAfee começou a alertar sobre a corrida global de ciberarmas há mais de dois anos, mas atualmente existem cada vez mais evidências de que isto está se tornando realidade", diz Dave DeWalt, presidente e CEO da McAfee, Inc. "Agora, várias nações estão ativamente engajadas em ataques e preparativos ligados à ciberguerra. As armas atuais não são nucleares, mas virtuais, e todos devem se adaptar a essas ameaças", afirma o executivo.

De acordo com a McAfee, pela primeira vez, o relatório oferece um modelo para definir a ciberguerra, identifica os países envolvidos no desenvolvimento de ciberataques e ciberdefesas. Também descreve exemplos deste tipo de ataque com motivação política e revela como o setor privado será prejudicado com esse fogo cruzado.

O novo Relatório de Criminologia Virtual inclui panoramas de mais de 24 dos melhores especialistas do mundo em relações internacionais, incluindo o Dr. Jamie Saunders, assessor da Embaixada Britânica em Washington D.C. e especialistas em segurança com experiência na Agência Nacional de Segurança dos EUA e do Departamento de Procuradoria Geral da Austrália. Paul Kurtz, antigo conselheiro da Casa Branca, compilou o relatório em nome da McAfee. Três especialistas brasileiros também colaboraram para o estudo, entre eles, Raphael Mandarino, diretor do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Repúplica do Brasil.

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