E vai explorar e-commerce para para as classes C e D.
A Hybris, fornecedora de plataforma de e-commerce adquirida pela SAP em 2013, falou sobre o projeto de inaugurar o primeiro datacenter na América Latina, que ficará em São Paulo, para ampliar o atendimento aos clientes da região.
SAP conclui aquisição da hybris
Um dos objetivos em investir em um datacenter no Brasil é, primeiro, ampliar a oferta de nuvem na América Latina e oferecer ao mercado um serviço 100% voltado para e-commerce. Esse será o 12º centro de dados global da companhia, que tem no portfólio empresas como General Electric, Thomson Reuters, Bridgestone, P&G, Levi’s, Nikon, Nespresso, Lufthansa, entre outras.
O projeto, já em andamento, deve ser concretizado ainda esse ano, segundo Steven Kramer, vice presidente executivo de vendas da hybris para Américas. “Esse projeto é parte da estratégia global da Hybris nas ofertas de nuvem. Isso não vai beneficiar apenas empresas brasileiras com infraestrutura no Brasil, mas empresas brasileiras que querem ofertar serviços em outras regiões geográficas estratégicas”, declara o gestor.
Sem informar o valor investido ou a estimativa de geração de emprego no Estado, a empresa ressaltou que o novo datacenter tem envolvido centenas de pessoas. “O time vai incluir um número de trabalhadores, em São Paulo, mas não podemos dizer quantos”, diz o vice-presidente executivo de vendas da Hybris para América Latina.
Negócios no Brasil
Os números do e-commerce no Brasil chegaram a R$ 28 bilhões em 2013, de acordo com dados divulgados pela E-bit, que também mostrou uma evolução no varejo online entre consumidores das classes C, D e E, e para a Hybris isso tem chamado a atenção para ampliar os negócios locais.
“Mesmo com alguns obstáculos legislativos que o e-commerce enfrenta no Brasil, vemos com otimismo as oportunidades. Categorias como vestuário, beleza e alimentação estão no estágio inicial de mudança para o online, com um crescimento significante. Em adição, classes menos influentes do Brasil (C e D) estão começando a comprar online, uma dinâmica ainda não vista em outros mercados de e-commerce da América Latina, como o México. Isso terá um impacto profundo no crescimento do B2C (business to customers) e vai ampliar as oportunidades do B2B (business to business)”.
Outros desafios, como a cobertura da banda larga, não representam uma ameaça para os negócios no País. “Nós vemos um enorme crescimento no Brasil, que continua a investir para que esse cenário mude, assim como aconteceu em outros países. O mobile vai continuar crescendo rápido, e o desafio da banda larga será resolvido”, enfatiza o gestor.
Para Steven Kramer, o Brasil e América Latina são regiões estratégicas para desenvolvimento de negócios, e a companhia também se prepara para oferecer no País, em parceria com a SAP, um centro de suporte para clientes SAP-Hybris ainda esse ano. “Estamos investindo pesado para atender necessidades dos nossos clientes nesse mercado e ajudá-los a ter sucesso na região. Acreditamos que tendo tecnologia, infraestrutura e serviços adequados para suporte, será importante para os nossos clientes locais”.
Um dos pontos que a Hybris destacou foi o crescimento do omnichannel, que para o cliente final seria a possibilidade de enriquecer sua experiência de compras, migrando para o mundo físico e virtual; e para os varejistas essa a de cruzar canais e aumentar a receita, no entanto, é preciso ter cautela com o uso dos dados.
“As iniciativas omnichannel estão ganhando espaço no Brasil, permitindo contratar serviços na web, mobile e lojas físicas. Em fato, a integração do Omnichannel tem sido um tópico de conversa entre os varejistas no Brasil por muitos anos, mas agora vemos isso começando, devagar, a acontecer”, e ressalta que o crescimento do mobile deve gerar um alerta nas empresas, que precisam ser cautelosas ao linkar e permitir a entrada de suas lojas no comércio móvel. A experiência precisa ser consistente e fazer parte de um conexto, caso contrário, o empreendedor – por fornecer uma experiência pobre – pode perder a venda. “A competição está apenas há um clique, mesmo com o cliente dentro da loja”, enfatiza Kramer.