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Hoje o Brasil já conta com 205 startups voltadas à cibersegurança, das quais 45 receberam investimentos até agora. Destaque para a startup Unico, antiga Acesso Digital, que captou no início de agosto deste ano US$ 120 milhões em uma rodada série C. Avaliada agora em US$ 1,02 bilhão, se tornou a primeira cybertech no Brasil a ganhar o título de unicórnio.
O relatório mostra como atualmente 90% dos malwares que geram esses ataques são entregues por links via email – um clique e a invasão pode ser feita. Em contrapartida, apesar de ser fácil a entrada desse roubo de dados, a recuperação pode ser demorada: 34% das empresas que sofrem um atentado do tipo demoram mais de uma semana para recuperar seus acessos. A previsão é que até o fim de 2021 os crimes cibernéticos gerem um custo de US$ 6 trilhões.
De acordo com o cofundador e CEO do Distrito, Gustavo Araujo, essa é uma questão que vai continuar ganhando muita força nos próximos anos. “Conforme migramos definitivamente para o mundo digital, maior será a demanda pelas soluções de segurança. Recentes ataques com grandes prejuízos a empresas também aumentaram o sinal de alerta”, comenta. Segundo ele, “os números mostram que o setor está em estágio de maturação no Brasil, com muito espaço para crescer e atrair cada vez mais investidores, seguindo o cenário internacional.”
Para o diretor de Transformação Digital da Cisco do Brasil, Rodrigo Uchoa, o caminho é promissor. “Temos um espac?o enorme para inovac?a?o e evoluc?a?o das tecnologias e soluc?o?es para seguranc?a ciberne?tica, abrindo oportunidades para empresas e startups brasileiras do setor”, destaca.
Blockchain no Brasil e no mundo
Esta edição do Inside Cybertech Report traz ainda um panorama das startups de cibersegurança voltadas especificamente para soluções de blockchain. Segundo o levantamento do Distrito, há no Brasil 26 startups do tipo, sendo que três delas receberam investimentos desde 2016, que juntos somaram US$ 538 mil.
Já no cenário internacional são atualmente 135 empresas de soluções de blockchain para cibersegurança, das quais 56 receberam investimentos: 36% (18) delas no estágio série A; 14% (8), série B; e 6% (4), séries C e D. As demais receberam aportes anjo ou pré-seed.
Ao todo, entre 2016 e 2021, foi levantado US$1,3 bilhão internacionalmente. Considerando apenas este ano, são US$ 853 milhões investidos em startups de blockchain, distribuídos em 19 rodadas.
As maiores startups do setor atualmente são a Fireblocks, que já levantou US$ 489 milhões; a Chainalysis, com US$ 367 milhões; a StartkWare, com US$ 118 milhões; a Elliptic, com US$ 44,3 milhões; e a Casa, com US$ 10 milhões. Já os investidores internacionais mais ativos são o Digital Currency Group, Kenetic, Collaborative Fund, Blockchain Capital e a Slow Ventures.
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