Wagner Matheus, diretor da TRD Marketing Solution, alerta que a interatividade aberta pelas redes sociais, quando mal elaborada, pode prejudicar a empresa. Por isso, antes de se aventurar no universo 2.0, é preciso saber quais são os objetivos da organização e quais os resultados esperados.
Com advento das novas tecnologias e a inserção cada vez mais rápida da Web 2.0, muitas dúvidas surgem a respeito dessa nova era da internet. Para o setor corporativo, é uma ótima oportunidade de estreitar o relacionamento com os clientes, pois os internautas atuais deixaram de ser meros compradores e leitores, e agora aproveitam todo o tipo de abertura que existe para dar opinião, questionar, comunicar e analisar. A Web 2.0 pode ser útil para desenvolver produtos, elaborar propostas comerciais e saber mais sobre os consumidores. Contudo, há uma ressalva: Como as empresas enxergam a Web 2.0?
De uns anos para cá, as empresas têm percebido a importância de manter um canal de comunicação para clientes, funcionários, fornecedores e parceiros, intuito de manter e aprimorar da empresa. Hoje, a Web 2.0 traz inúmeras ferramentas que podem favorecer esse canal, que são as chamadas redes sociais, como Orkut, blogs, fotologs, Myspace, chats, fóruns, wikis e muitos outros. Todas essas ferramentas têm a sua importância, no entanto, antes de escolhê-las, é necessário saber quais são os objetivos da sua empresa e quais os resultados esperados.
Quando uma empresa propõe criar uma rede social para divulgar lançamentos de produtos, por exemplo, ela tem a consciência de que pessoas do mundo todo poderão tomar conhecimento desse material através desse novo canal. No entanto, se tiverem reclamações a respeito do produto, o usuário poderá registrar nessa mesma rede a sua insatisfação. Significa dizer com isso que a existência de redes sociais no ambiente corporativo, ao mesmo tempo em que abre espaço para a interatividade com os consumidores, quando mal elaborada, pode prejudicar da empresa.
Daí então você deve se questionar: Mas deve haver uma forma de barrar comentários negativos. Sim, realmente, mas até que ponto seria certo (e se é certo) fazer esse tipo de “censura”? Agora, uma empresa que realmente prega a lealdade e transparência com seus clientes precisa ter a preocupação de saber o que o seu público pensa e acha sobre determinado produto e quando houver erros assumi-los publicamente.
Já ficou comprovado que uma comunicação incorreta gera impactos significativos para e, consequentemente, para os negócios. Além disso, a interação entre os internautas exerce grande influência e tem poder crescente na decisão da compra. Com base nisso, vale ressaltar que a publicidade veiculada nesse meio da Web 2.0 talvez esteja se tornando algo disseminado entre as empresas, mas que deve ser consolidado cautelosamente. Vale a pena conhecer as ferramentas e usá-las a seu favor.
*Wagner Matheus é diretor geral da TRD Marketing Solutions, empresa brasileira especializada em Marketing Direto.