Segundo Paulo Bernardo, canais terão financiamento e tempo para migrar ao sistema digital sem desaparecer do espectro
O Ministro das Comunicações (Minicom) assegurou na quarta-feira que as emissoras públicas de televisão não serão prejudicadas com a entrega da faixa de 700 MHz, que será utilizada para oferta de serviços de internet móvel de 4ª geração, o 4G.
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De acordo com Paulo Bernardo, os canais terão financiamento e tempo para migrar ao sistema digital sem desaparecer do espectro.”Ninguém vai sair do ar. Todas as emissoras, públicas e privadas, que têm outorga, receberão um canal correspondente (no sistema digital)”, afirmou o ministro, no Seminário Internacional Internet das Coisas, no Rio de Janeiro.
Bernardo garantiu que haverá financiamento para migração e lembrou que o período para a mudança do analógico para o digital vai de 2015 a 2018. “Todos terão a migração no seu tempo, com apoio financeiro. Faremos gradativamente”, completou.
Organizações da sociedade civil alegam que o leilão da faixa de 700 MHz pode por fim às emissoras públicas que ocupam dos canais 52 a 69 do UHF. Em nota divulgada em abril, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) também destacou que, além da realocação dos canais, será necessário adaptar a estrutura de recepção dos sinais, de modo que todos possam ter acesso à radiodifusão.
O FNDC aponta que a limpeza da faixa de 700 MHz e migração da TV analógica para digital podem garantir maior diversidade na TV aberta brasileira, entretanto defendeu que, diante das incertezas, o cronograma deveria ser adiado.
O leilão da faixa, de acordo com o Ministério das Comunicações, deve ocorrer em meados de agosto e contará com empresas nacionais e internacionais.